O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou esta segunda-feira que o seu país não ficará "intimidado" pelo bombardeamento maciço das forças russas a várias cidades da Ucrânia, que atingiram importantes infraestruturas de energia e causaram pelo menos 11 mortos.
"A Ucrânia não pode ser intimidada. Só pode ficar muito mais unida. A Ucrânia não pode ser travada", sublinhou Zelensky, num vídeo divulgado nas redes sociais onde promete combates "mais dolorosos" para as forças russas na frente de batalha.
O governante frisou que atualmente as forças de Moscovo não se podem opor às ucranianas no campo de batalha e que, por isso, recorrem "a este terror".
Zelensky explicou ainda que o trabalho de restauração está em andamento em todo o país, garantindo que as autoridades ucranianas irão restaurar "tudo o que foi danificado" pelo ataque de hoje.
Sobre os bombardeamentos russos, o Presidente ucranianos realçou que "dos 84 mísseis russos lançados contra a Ucrânia, 43 foram abatidos" e que "dos 24 'drones' russos, 13 foram abatidos", acrescentando que "a cada dez minutos" recebe informações sobre o abate de 'drones' iranianos "mártires", numa referência aos ataques suicidas destes aparelhos.
O chefe de Estado ucraniano alertou também a população para que esta siga as regras de segurança e preste atenção aos alarmes.
"O perigo ainda existe. Mas estamos a lutar. Agradeço às nossas unidades da Força Aérea e das Forças Terrestres que estiveram envolvidas hoje", concluiu.
Os bombardeamentos russos em larga escala lançados hoje contra várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, provocaram numerosas vítimas e a destruição de importantes infraestruturas, enquanto a população procura proteção em abrigos.
O chefe de Estado ucraniano já tinha referido que os ataques em várias regiões da Ucrânia visam danificar as infraestruturas de energia e provocar baixas entre a população civil.
A Rússia realizou estas iniciativas militares dois dias depois de um ataque numa ponte que liga a Crimeia à Rússia, pelo qual Moscovo acusa Kiev.
A ponte é vista como um símbolo da anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e, apesar dos danos sofridos no sábado, parte da infraestrutura continua a ser usada.