Guerra Rússia-Ucrânia

França envia veículos blindados para grupo de combate da NATO na Roménia

França envia veículos blindados para grupo de combate da NATO na Roménia
Yoan Valat

Grupo de combate foi formado em maio passado como reação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Dois comboios com veículos blindados franceses chegaram no domingo à Roménia para reforçar o grupo de combate estabelecido pela NATO neste país como resultado da invasão russa da Ucrânia, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Defesa romeno num comunicado.

"O primeiro comboio era constituído por infantaria blindada ligeira e o segundo por infantaria blindada pesada", especificou-se na nota, explicando-se ainda que estes veículos completarão "os meios técnicos do grupo de combate da NATO" deslocados para o centro da Roménia.

Segundo o Ministério da Defesa romeno, na "operação de desdobramento logístico", que culmina hoje, foram enviados dois comboios da base francesa de Mourmelon-le-Grande para a base militar romena de Cincu, na região de Brasov, na Transilvânia. Os comboios fizeram uma viagem de mais de 2.000 quilómetros por estrada.

Grupo de combate da NATO foi criado em maio passado

Este grupo de combate da NATO sob a liderança da França na Roménia - o país da Aliança Atlântica com a fronteira mais longa com a Ucrânia - foi formado em maio passado como reação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.