Em Kherson, no sul da Ucrânia, as forças russas que controlam a capital regional não se cansam de apelar à retirada de civis da margem direita do rio Dnipro. Até a mais de 1.000 quilómetros de distância, em Moscovo, em pleno Dia da Unidade Nacional, o Presidente da Rússia apelou à evacuação.
"Agora, claro, aqueles que vivem em Kherson devem ser removidos da zona das ações mais perigosas, porque a população civil não deve sofrer", disse Putin aos apoiantes do Kremlin.
Mais do que cauteloso, no terreno, o exército ucraniano está desconfiado. Tudo aponta para que uma batalha se esteja a preparar na região já com a presença de alguns das centenas de milhares de militares recém-mobilizados pela Rússia. O secretário da defesa dos Estados Unidos manifestou otimismo na reconquista ucraniana da Kherson.
Reunidos na Alemanha, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos G7 juraram apoio ilimitado à Ucrânia, na guerra, na reconstrução, na recuperação da rede elétrica e no apoio alimentar para o próximo inverno.
A Rússia anexou Kherson, passando a controlar tanto o acesso terrestre, como grande parte do abastecimento de água à Crimeia. Esta continua a ser a única capital regional que a Rússia capturou desde fevereiro do presente ano.