Guerra Rússia-Ucrânia

Novas explosões em Kiev, sirenes soam em todas as regiões ucranianas

Novas explosões em Kiev, sirenes soam em todas as regiões ucranianas
GLEB GARANICH

Os mísseis atingiram edifícios residenciais e centrais de energia.

A capital ucraniana foi atacada esta terça-feira com mísseis, que terão atingido três edifícios residenciais e deixado metade da região sem eletricidade. Há pelo menos uma vítima mortal. De acordo com o presidente da Câmara, os médicos estavam no local e indicou que vários mísseis terão sido abatidos. Para além disso, as sirenes antiaéreas soaram em todo o países e regiões como Lviv e Kharkiv acabaram por ser atacadas.

O autarca Vitali Klitschko disse que pelo menos metade da região de Kiev ficou sem eletricidade, numa mensagem deixada no Telegram.

“Devido a um ataque maciço de mísseis, por ordem da empresa nacional de energia elétrica Ukrenergo, a indústria iniciou interrupções de energia de emergência em toda a Ucrânia. Em particular, na capital. Este é um passo necessário para equilibrar o sistema de energia e evitar acidentes com equipamentos”, disse o presidente da Câmara.

O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, adianta que os mísseis atingiram a cidade Pechersk, no dia em que os líderes mundiais se reúnem na cimeira do G20.

O vice-chefe do Gabinete presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoschenko, publicou um vídeo de um prédio em chamas depois das explosões relatadas em Kiev.

O assessor do Presidente ucraniano, Andriy Yermak, avança que o ataque com mísseis é a resposta direta da Rússia ao discurso de Zelensky na cimeira do G20.

“Alguém pensa seriamente que o Kremlin quer a paz? Pretendem obediência. Mas no final, os terroristas perdem sempre”, acrescentou Yermak.

O Presidente ucraniano terá pedido aos líderes mundiais uma “reação de princípio” aos ataques russos. Segundo Zelensky, pelo menos 85 mísseis russos atingiram os alvos, isto é, as centrais de energia

Um porta-voz da força aérea ucraniana disse que a Rússia disparou cerca de 100 mísseis num ataque em todo o país. O funcionário disse que os ataques foram direcionados a instalações de infraestrutura crítica e zonas residenciais também foram atingidos.

“Cerca de 100 mísseis foram disparados (…) a partir do mar Cáspio, a região [russa] de Rostov”, e também “a partir do mar Negro”, indicou Iuri Ignat em direto na televisão ucraniana, precisando que “até agora, não se registou a utilização de drones (aeronaves não-tripuladas) de ataque”.

Cidades de Lviv e Kharkiv também alvo de bombardeamentos russos

Uma infraestrutura crítica foi atingida por mísseis russos em Kharkiv, o que levou a apagões, refere o autarca Ihor Terekhov, no Telegram.

"Ainda não há informações sobre vítimas. Devido a danos na instalação, há problemas como fornecimento de energia. O transporte elétrico está parado. Os engenheiros de energia e serviços públicos estão a fazer tudo para normalizar a vida em Kharkiv o mais rápido possível, disse Ihor.

Lviv também registou problemas de fornecimento de energia, após um ataque russos a uma “infraestrutura de energia crítica”.

“O inimigo atingiu uma instalação crítica de infraestrutura de energia na região de Lviv. Em Lviv, há rpoblemas com o fornecimento de eletricidade, interrupções no trabalho das operadoras móveis. Fiquem abrigados! O perigo continua", alertou o autarca Maksym Kozytskyi.

Sumy também não escapou aos ataques russos desta terça-feira e tem registado cortes de eletricidade.

Previamente, os responsáveis das administrações regionais de Kryvyi Rih (centro), Oleksandr Vilkul, e de Mykolaiv (sul), Vitaly Kim, referiram um lançamento massivo de mísseis a partir de território russo.

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