A afirmação foi proferida, a partir de Bruxelas, pelo embaixador de Portugal na NATO, Pedro Costa Pereira, que participou esta manhã na reunião de emergência pedida pela Polónia, garantindo porém que o assunto não está fechado.
“Neste momento tudo aponta para que tenha sido um míssil disparado pela Ucrânia para intercetar um míssil russo, não há uma conclusão definitiva. Mas evidentemente que não há aqui um assacar de responsabilidades à Ucrânia, que exerce o seu direito à legitima defesa. Se isto aconteceu foi porque houve um ataque maciço por parte da Rússia e a Ucrânia mais não fez do que defender-se”, vincou.
“Partilhamos inteiramente o sentido”, ainda assim, de que a responsabilidade desta situação "é da Rússia".
Pedro Costa Pereira reiterou ainda que será dada “uma atenção ainda maior à capacidade de defesa anti-míssil e anti-áerea" da NATO no flanco leste.
“Neste momento não constatamos que haja da parte da Rússia uma qualquer movimentação de forças que se destina a agredir o território, as populações, da Aliança Atlântica”, assegurou, deixando uma mensagem a esses povos: “Não há qualquer dúvida de que se a NATO for atacada pela Rússia irá defender cada centímetro do seu território”.
Mas, “neste momento, não se verificou nenhum ataque deliberado da Rússia no território da Aliança Atlântica”, concluiu.