O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, diz estar pronto para dialogar com Vladimir Putin se o homologo russo demonstrar vontade em colocar um ponto final à guerra da Ucrânia.
Na reação, Moscovo rejeita a exigência de se retirar da Ucrânia apresentada pelo Presidente norte-americano.
O Presidente norte-americano "disse de facto que só seriam possíveis negociações se Putin abandonasse a Ucrânia", o que Moscovo "obviamente rejeita", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sublinhando que "a operação militar vai continuar".
Apesar de rejeitar as condições de Biden, Putin "mantém-se aberto a contactos e a negociações, o que é muito importante", assegurou o porta-voz do Kremlin.
No entanto, adiantou Peskov, "continua a ser muito difícil encontrar um denominador comum para possíveis negociações", já que os Estados Unidos não reconhecem a anexação de quatro territórios ucranianos reivindicados por Moscovo em setembro, alertou.
"A forma preferível para alcançar os nossos objetivos é através de meios pacíficos e diplomáticos", sublinhou ainda o porta-voz russo.
Moscovo "sempre esteve disponível"
Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, também garantiu que Moscovo "sempre esteve disponível" para a possibilidade de uma reunião entre os Presidentes russo e norte-americano, mas disse que "ainda não se ouviu nenhuma ideia séria".
Lavrov adiantou que, num contacto telefónico, o homólogo dos Estados Unidos, Antony Blinken, levantou a questão dos cidadãos norte-americanos presos na Rússia, mas observou que Putin e Biden concordaram em estabelecer um canal separado de comunicação para discutir o assunto quando se encontraram em Genebra, em junho de 2021.
"Está a funcionar e espero que sejam alcançados alguns resultados", observou Lavrov.