A cimeira entre a União Europeia e a Ucrânia, inicialmente prevista para Bruxelas, vai decorrer em 3 de fevereiro em Kiev, sem a presença dos chefes de Estado e de governo dos Estados-membros, divulgou esta segunda-feira a presidência ucraniana.
A mudança de local ocorre após uma conversa telefónica entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
No entanto, não estarão presentes no encontro os chefes de Estado e de governo, mas apenas a própria Von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Esta informação já tinha sido confirmada em dezembro por um porta-voz de Charles Michel, noticiou a agência Europa Press.
O anúncio põe fim às especulações sobre uma possível nova viagem de Zelensky para fora do país, após a visita surpresa que fez a Washington em dezembro.
O gabinete de Zelensky explicou que a situação nas frentes de combate com a Rússia também foi discutida na conversa telefónica com Von der Leyen, bem como o processo de entrada da Ucrânia na UE ou o apoio económico europeu a Kiev.
A presidente da Comissão Europeia informou esta segunda-feira o Presidente ucraniano que Bruxelas começará em breve a transferir para Kiev os 18.000 milhões de euros prometidos para responder às necessidades financeiras mais urgentes.
"A União Europeia (UE) está convosco o tempo que for preciso. Apoiamos a vossa luta heroica. Uma luta pela liberdade e contra a agressão brutal", destacou.
De acordo com a proposta da Comissão, e aprovada pelo Parlamento Europeu, a verba destina-se a apoiar serviços públicos essenciais, tais como a gestão de hospitais, escolas e o fornecimento de alojamento a pessoas deslocadas.
A verba será usada também para assegurar a estabilidade macroeconómica e a reparação de infraestruturas críticas destruídas pela Rússia.
Na mesma conversa telefónica, Von der Leyen lembrou a Zelensky que os 27 do bloco europeu estão a apoiar a Ucrânia neste inverno "com geradores, abrigos e autocarros escolares", em resposta aos ataques russos a infraestruturas energéticas.
A presidente da Comissão anunciou ainda que espera voltar a ver pessoalmente, e em breve, Volodymyr Zelensky na Ucrânia.