1 – POLÓNIA DISPOSTA A DAR TANQUES LEOPARD À UCRÂNIA ATRAVÉS DE COLIGAÇÃO INTERNACIONAL
A Polónia está disposta a entregar à Ucrânia uma companhia de tanques Leopard, pretendidos desde há meses por Kiev, no âmbito de uma coligação internacional, indicou o Presidente polaco. "Uma companhia de tanques de assalto Leopard [14 blindados] será entregue no âmbito de uma coligação que está prestes a ser construída", declarou Andrzej Duda no decurso de uma conferência de imprensa conjunta com os homólogos ucraniano e lituano em Lviv, oeste da Ucrânia. "Como sabem, é necessário preencher uma série de exigências formais, [obter] acordos, etc. Queremos antes de tudo que seja uma coligação internacional", disse o Presidente polaco. Também o Reino Unido pondera fornecer tanques à Ucrânia pela primeira vez. Segundo fonte com conhecimento da Defesa britânica, as conversações entre o Reino Unido e a Ucrânia ocorrem já "há várias semanas" e a discussão centra-se no possível fornecimento de dez tanques 'Challenger 2', o principal veículo de combate terrestre das forças britânicas. Esta decisão poderá ainda "incentivar outros países a fornecer tanques". O governo finlandês já tinha anunciado há dias que está disposto a fornecer tanques Leopard 2 à Ucrânia.
2 – GENERAL SUROVIKIN DEMITIDO DE COMANDANTE DAS FORÇAS RUSSAS NA UCRÂNIA
É mais um sinal de problemas e divisões nas cúpulas militares de Moscovo, em fase decisiva da agressão russa na Ucrânia. Sergei Surovikin foi afastado do seu cargo de comandante do grupo de forças combinadas para a designada pelo Kremlin como "operação militar especial". O chefe do Estado-Maior Valery Gerasimov, que é líder das Forças Armadas russas, assumirá o cargo. A mudança foi anunciada pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e foi descrita como "um aumento no nível de liderança da operação especial". O Ministério da Defesa russo disse que as novas nomeações estão relacionadas com "o aumento do nível das tarefas que estão a ser resolvidas" e "a necessidade de organizar uma interação mais próxima entre os tipos e as armas das tropas".
3 – NOVA MOBILIZAÇÃO RUSSA DESTINA-SE A "OFENSIVAS DURANTE A PRIMAVERA E O VERÃO
Os serviços de informações militares da Ucrânia estão convencidos que Putin vai mobilizar pelo menos mais 500.000 recrutas em janeiro, além dos 300.000 convocados em outubro, o que é mais um sinal de que o Presidente da Rússia não pensa acabar a guerra. Esta nova mobilização pode mesmo atingir as cidades de Moscovo e São Petersburgo, onde vivem a maioria das elites do país - e os seus filhos - e que até agora têm estado na chamada "segunda fila". Os recrutas farão parte de uma série de ofensivas russas durante a primavera e o verão no leste e no sul do país.
4 -- UCRÂNIA DIZ QUE SOLEDAR "É E SEMPRE SERÁ UCRANIANA"
A cidade de Soledar "é e sempre será ucraniana", declarou o exército ucraniano, após o grupo russo Wagner ter declarado o controlo desta localidade a 15 quilómetros de Bakhmut, que a Rússia tenta conquistar desde o verão passado; militares ucranianos disseram que "não é verdade" que o líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, esteja dentro das minas de sal de Soledar, conforme a foto divulgada pela agência de notícias russa RIA Novosti; O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, tinha dito hoje que os mercenários conquistaram Soledar, na região ucraniana de Donetsk, no leste da Ucrânia.
5 – RÚSSIA DIZ QUE FORMAÇÃO DE SOLDADOS UCRANIANOS COMPROVA PARTICIPAÇÃO DOS EUA NA GUERRA
A formação de soldados ucranianos comprova a participação dos EUA na guerra, diz o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov. "A decisão do departamento de defesa dos EUA de organizar um curso de formação no Forte Sill em Oklahoma é mais uma confirmação da participação de Washington no conflito ucraniano do lado dos criminosos nazis de Kyiv", disse Anatoly Antonov numa declaração publicada pela embaixada russa. O verdadeiro objetivo dos EUA é "infligir tantos danos quanto possível à Rússia no campo de batalha pelas mãos dos ucranianos", acrescentou o embaixador.
6 – VON DER LEYEN ANUNCIA 'TASK FORCE' COM NATO PARA MELHORAR INFRAESTRUTRAS CRÍTICAS
A presidente da Comissão Europeia anunciou a criação de uma 'task force' conjunta com a NATO para avaliar a debilidade das infraestruturas críticas e melhorar a sua resiliência contra adversários que são uma crescente "ameaça às democracias". Von der Leyen explicou que esta 'task force' conjunta vai ser "composta por especialistas da NATO e da UE e vai trabalhar para identificar ameaças cruciais às infraestruturas críticas, olhar para as vulnerabilidades estratégicas que têm e desenvolver princípios-chave para melhorar a sua resiliência". "Assistimos à sabotagem do gasoduto Nord Stream, precisamos de estar preparados para enfrentar este novo tipo de ameaça", sustentou von der Leyen no arranque de uma discussão sobre defesa e segurança na College of European Commissioners, em Bruxelas. Este tipo de ameaça é resultado de uma "competição geopolítica crescente", completou a presidente da Comissão Europeia: "Os nossos adversários estão a utilizar todas a ferramentas possíveis para nos desafiar e debilitar a nossa segurança. São uma ameaça à nossa transparência e às nossas democracias."
Na véspera, o secretário-geral da NATO, Jens Stolteberg, havia já defendido que a parceria com a União Europeia tem que ir "para o próximo nível", apesar de considerar que a Rússia "falhou redondamente" na tentativa de conquistar a Ucrânia e dividir os países ocidentais. "Putin queria conquistar a Ucrânia em poucos dias e dividir-nos. Nas duas questões falhou redondamente".
7 – RÚSSIA ENVIA FRAGATA COM MÍSSEIS HIPERSÓNICOS PARA O MAR DA NORUEGA
A Rússia conduziu exercícios militares com um navio militar equipado com um sistema de mísseis hipersónicos no Mar da Noruega, avançou o Ministério da Defesa russo. "A tripulação da fragata 'Almirante da Frota da União Soviética Gorshkov' realizou um exercício de defesa aérea no Mar da Noruega", referiu o ministério. "A tripulação (…) conduziu um exercício para repelir um ataque aéreo de um inimigo simulado no Mar da Noruega".
8 – NOVO CHEFE DA DIPLOMACIA CHINESA CONVERSOU COM LAVROV SOBRE "CRISE NA UCRÂNIA"
O recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, conversou com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, para discutir a "crise" na Ucrânia, informou o ministério chinês. De acordo com a declaração escrita pelo ministério, no seu site: "Uma conversa telefónica previamente agendada entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, e o ministro da Rússia, Sergei Lavrov, foi realizada a 9 de janeiro. Ambos os lados trocaram opiniões sobre a crise ucraniana." O ministério chinês disse que Qin pediu esforços para resolver pacificamente a crise na Ucrânia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse que os dois "concordaram que a política dos Estados Unidos e dos seus satélites de estabelecer uma hegemonia nos assuntos globais" era "inaceitável".
9 – EUA NÃO TÊM INDICAÇÕES DE QUE A BIELORRÚSSIA VÁ ENVIAR TROPAS PARA A UCRÂNIA
Os EUA dizem não ter qualquer indicação de que a Bielorrússia enviará tropas para a Ucrânia. Analistas ocidentais acreditam que a Rússia está a pressionar para que a Bielorrússia entre diretamente na guerra, mas até ao momento nenhum soldado bielorrusso foi enviado à Ucrânia. Moscovo já usou a Bielorrússia como plataforma para algumas das suas ofensivas, particularmente aquelas que visam a cidade - e capital - de Kiev, no norte da Ucrânia. Moscovo reforçou o seu contingente na Bielorrússia: 1.400 a 1.600 soldados russos chegaram nos últimos dias à cidade bielorrussa de Vitebsk. A Rússia e a Bielorrússia decidiram reforçar as suas defesas antiaéreas conjuntas, revelou o Ministério da Defesa da Bielorrússia em comunicado. Zelensky, Presidente da Ucrânia, alertou durante uma visita a Lviv que as forças ucranianas têm de "estar preparadas" na fronteira com a Bielorrússia.
10 – EUA ACUSAM IRÃO DE "CONTRIBUIR PARA CRIMES DE GUERRA GENERALIZADOS" AO VENDER DRONES À RÚSSIA
O governo dos Estados Unidos defendeu que a venda de 'drones' letais do Irão à Rússia, para o uso por Moscovo na invasão da Ucrânia, significa que Teerão pode estar "a contribuir para crimes de guerra generalizados". O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, levantou esta acusação contra o Irão, enquanto falava com os jornalistas que acompanhavam o Presidente Joe Biden na sua visita ao México. Esta acusação é uma das retóricas mais contundentes dos Estados Unidos contra o Irão, desde que Teerão começou a fornecer armas à Rússia para apoiar a guerra que atingirá um ano no próximo mês.
