Valeri Gerasimov é o novo comandante máximo das forças russas na Ucrânia. O general de 67 anos era há uma década chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, mas passa agora para o comando das tropas na chamada “operação militar especial”.
Próximo dos círculos de poder do Kremlin, ligados a Vladimir Putin, desempenhou papéis de importância nas campanhas militares do Cáucaso, na Segunda Guerra na Chechénia, na anexação da Crimeia em 2014 e na estratégia de apoio da Rússia ao Governo de Bashar al-Assad na sangrenta guerra civil da Síria.
Descrito pelo Ministério da Defesa da Federação Russa como “herói”, faz parte da lista de personalidades sancionadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
Conhecido por desenvolver a chamada doutrina Guerasimov, segundo a qual as ofensivas militares estão ao nível de outras ações políticas ou económicas, como destruição das infraestruturas energéticas, ataques informáticos ou a ocupação de países estrangeiros, num conceito próximo ao da guerra híbrida.
Terá escapado por pouco a um ataque das forças ucranianas em maio passado na região de Izium, perto de Kharkiv.
Ao assumir o comando, Guerasimov prometeu nos próximos tempos reforçar o depauperado arsenal russo, melhorar a tecnologia da aviação militar de forma a iludir a defesa aérea ucraniana e aumentar a produção de drones militares, numa tentativa de mudar o rumo da guerra.