Guerra Rússia-Ucrânia

"Grande ofensiva" russa prevista para o dia do 1º aniversário da guerra na Ucrânia

O Governo ucraniano antecipa que a mobilização de tropas russas para a guerra está iminente. A previsão é que as autoridades russas avancem a 24 de fevereiro.

Exército ucraniano dispara um tanque russo T-80 capturado em Donetsk.
Exército ucraniano dispara um tanque russo T-80 capturado em Donetsk.
AP

Dia 24 de fevereiro faz um ano que começou a guerra da Rússia contra a Ucrânia.


O governo ucraniano diz que a Rússia vai aproveitar a data para uma grande ofensiva. O ministro da Defesa estima que no terreno estejam já 500 mil soldados russos..

O alerta soa sobretudo no sul e no leste da Ucrânia, onde os ataques têm aumentado, como refere o Presidente Zelensky.

“Notou-se um aumento nas operações ofensivas dos ocupantes na frente no leste do nosso país. A situação tornou-se mais difícil"

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“Kremlin tem planos para 24 de fevereiro”

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, diz que o Kremlin tem planos para 24 de fevereiro e referiu que a Rússia vai responder à entrega de armas de longo alcance pelos países do ocidente à Ucrânia.

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Numa entrevista à televisão estatal russa, Lavrov disse ainda que todos querem que a “operação militar especial” na Ucrânia – nome dado por Moscovo ao conflito – chegasse ao fim, mas afirma que o apoio dado pelos Aliados a Kiev tem sido um fator importante na forma como a Rússia tem conduzido as operações.

UE quer assinalar aniversário da invasão com 10º pacote de sanções à Rússia

Hoje realiza-se em Kiev a primeira cimeira entre a UE e a Ucrânia desde o início da guerra. Ursula von der Leyen já garantiu que o apoio a Kiev é para continuar e anunciou mais um pacote de sanções contra a Rússia.

A União Europeia conta adotar o 10º pacote de sanções à Rússia até 24 de fevereiro, data em que se assinala um ano desde o início da invasão da Ucrânia

Ursula von der Leyen garantiu que a UE vai continuar a fazer o Presidente russo, Vladimir Putin, pagar pela sua guerra atroz, com a adoção de novas sanções ainda este mês.

Na passada segunda-feira, a UE decidiu prolongar por mais seis meses, até 31 de julho de 2023, as sanções que visam setores específicos da economia da Rússia, em vigor desde 2014, por ocasião da anexação da Crimeia.

Quase 1 ano de guerra

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.