A Rússia ampliou esta quarta-feira a lista de sanções contra cidadãos norte-americanos, introduzindo 77 novos nomes, em que se incluem governadores, políticos e membros das respetivas famílias.
"Numa reação ao contínuo aumento por parte de Washington da lista de cidadãos russos contra quem se impõe sanções pessoais, proíbe-se de modo permanente a entrada na Rússia a 77 norte-americanos", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, num comunicado.
A medida, aplicada com base no princípio da reciprocidade, inclui na lista cidadãos que dirigem as administrações de vários estados norte-americanos e entidades federais, "assim como companhias vinculadas ao fornecimento de armas ao regime neonazi de Kiev", referiu a nota da diplomacia russa.
"As sanções afetam não apenas políticos e funcionários envolvidos na criação e concretização da deriva antirrussa, mas também membros das suas famílias", assinalou.
Numa anterior decisão, em meados de novembro, Moscovo juntou à lista de sanções os irmãos do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. Em setembro já havia incluído os atores Sean Penn e Ben Stiller, para além de outros 23 norte-americanos, entre os quais constam diversos elementos da administração norte-americana e empresários.
Moscovo sublinhou que "qualquer ação hostil contra a Rússia, incluindo o reforço das sanções, será rejeitada e atingirá como um 'boomerang' os próprios Estados Unidos".
Em maio passado, a diplomacia russa tinha já sancionado Biden e cerca de mil norte-americanos em resposta às sanções adotadas por Washington pela campanha militar russa na Ucrânia.