1 - UCRÂNIA VAI RECEBER NOS PRÓXIMOS DIAS 10 CARROS DE COMBATE DA POLÓNIA
Ainda no decorrer desta semana a Ucrânia vai receber uma dezena de tanques enviados pela Polónia. A informação foi dada pelo ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak. Eram 14 os tanques Leopard 2 que a Polónia tinha ficado de enviar para o país invadido. Quatro já tinham chegado ao destino e agora irão os restantes 10. Os aliados ocidentais prometeram enviar para a Ucrânia um total de 300 tanques de guerra, 60 dos quais foram prometidos pela polónia no passado mês de janeiro.
2 - RUSSOS DIZEM CONTROLAR “PRATICAMENTE METADE” DE BAKHMUT
As autoridades russas na região de Donetsk afirmaram que as forças militares da Rússia controlam quase metade do território da cidade de Bakhmut, epicentro dos combates no leste da Ucrânia. “A nossa artilharia, o nosso equipamento e as nossas tropas estão dentro da cidade. Controlam quase metade de Artiomovsk (nome russo de Bakhmut)”, declarou Yan Gaguin, assessor do líder interino de Donetsk, Denis Pushilin, à televisão russa. Gaguin apontou que Bakhmut se tornou um “matadouro” para as tropas ucranianas.
3 - NATO AFIRMA QUE POR CADA SOLDADO UCRANIANO MORTO EM BAKHMUT, A RÚSSIA PERDE CINCO
A Rússia estará a perder cinco vezes mais soldados do que a Ucrânia na batalha em Bakhmut. A informação tem por base uma estimativa dos serviços secretos da aliança atlântica, contudo afirmam também que a Ucrânia está a sofrer perdas consideráveis na defesa da cidade. Segundo informou o Instituto para o Estudo da Guerra, o esforço da Rússia para conseguir dominar Bakhmut terá deteriorado significativamente as capacidades para novas ofensivas. “As forças militares russas vão certamente lutar para manter quaisquer operações ofensivas durante alguns meses, dado à Ucrânia a oportunidade de aproveitar a iniciativa”.
4 – PEQUIM NEGA TER VENDIDO ARMAS A MOSCOVO E DIZ ESTAR EMPENHADA NA PAZ
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China negou hoje que o país tenha vendido armas à Rússia e defendeu que Pequim fez uma “avaliação independente”, estando empenhado na paz na Ucrânia. “O que é que a China fez para ser ameaçada ou pressionada em relação a esta crise”, questionou Qin Gang, em conferência de imprensa, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China. O governante assegurou que a China não está diretamente envolvida no conflito, nem forneceu armas ao país vizinho. “Nós publicamos um documento com propostas para a paz”, lembrou.
5 - MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS CHINÊS COMPARA UCRÂNIA A TAIWAN
Qin Gang afirmou que os EUA “têm que parar de interferir nos assuntos internos” da China. E questionou: “Porque é que não respeitam a soberania da China na questão de Taiwan, mas exigem que mostremos respeito pela soberania da Ucrânia”, questionou. “Porque é que estão a enviar armas para Taiwan e pedem-nos que não enviemos armas para a Rússia?”. A questão de Taiwan foi um dos temas abordados na conferência de imprensa de Qin Gang, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China exigiu que os Estados Unidos parem de interferir, acrescentando que Pequim mantém a “opção de agir”, caso a ilha declare independência.
“O separatismo em Taiwan não é compatível com a paz. A ameaça é o secessionismo. E se os Estados Unidos não mudarem de atitude, os laços com a China podem ser gravemente prejudicados”, afirmou. “É um assunto da China, ponto final. Não é algo que outros países tenham que avaliar. Algumas autoridades dos EUA dizem o contrário, nós rejeitamos isso e estamos atentos”, acrescentou.
6 - UCRÂNIA MANTÉM CONVERSAÇÕES PARA ESTENDER ACORDO DE EXPORTAÇÃO DE CEREAIS
Kiev iniciou negociações online com os seus parceiros para alargar o acordo de cereais do Mar Negro, para que o país consiga continuar a exportar para os mercados globais. A Ucrânia não está a falar diretamente com a Rússia nestas negociações, mas os seus parceiros estão.
7 - BIELORRÚSSIA ACUSA SERVIÇOS SECRETOS UCRANIANOS E DOS EUA DE “OPERAÇÃO” CONTA BASE AÉREA
O Presidente da Bielorrússia disse que foi detido um “terrorista” e mais de 20 cúmplices que trabalhavam com os serviços secretos ucranianos e americanos numa tentativa de sabotagem de uma base aérea do país. Na semana passada, a organização da oposição bielorrussa BYPOL disse que ativistas tinham atacado a base de Machulishchy e danificado uma aeronave. “Os Serviços de Segurança da Ucrânia, a liderança da CIA, a portas fechadas, estão a levar a cabo uma operação contra a República da Bielorrússia. Um terrorista foi treinado”, acusou Lukashenko.
8 - "GUERRA FOI LANÇADA CONTRA NÓS”. MINISTRO RUSSO PROVOCA GARGALHADA DE PLATEIA EM NOVA DELI
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, provocou uma sonora gargalhada a uma plateia que o ouvia na Índia quando disse que a Rússia “está tentar parar uma guerra que foi lançada contra nós [os russos]”. Nesse encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo lamentou que a Ucrânia tenha sido o principal tema do encontro do grupo económico, que junta a União Europeia e 19 países, frisando que os conflitos políticos nunca tinham sido discutidos pelo G20. Lavrov defendeu que a Rússia não teve outra alternativa senão invadir a Ucrânia e que as pessoas não estão a sofrer por causa da guerra, mas por causa das sanções aplicadas pelo Ocidente.
9 - UCRÂNIA DIZ QUE 30 PAÍSES APOIAM TRIBUNAL ESPECIAL DE CRIMES DE GUERRA
Trinta países uniram-se ao grupo que apoia a criação de um Tribunal Especial para julgar os alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia durante a invasão da Ucrânia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba. “Tenho o prazer de vos informar que já há trinta países. A Grécia uniu-se hoje ao grupo. No final da semana passada eram 29”, disse o chefe da diplomacia ucraniana. “O objetivo do grupo é simples: quando um país se une aceita o estabelecimento de um tribunal especial para responsabilizar a Rússia pelos crimes cometidos na sequência da agressão” à Ucrânia, disse Kuleba.
10 - UCRÂNIA NA UE: PRESIDENTE DO PARLAMENTO EUROPEU ESPERA NEGOCIAÇÕES ESTE ANO
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, saudou, na Ucrânia, o “ritmo dos progressos” da candidatura ucraniana à União Europeia, afirmando esperar que as negociações referentes à adesão comecem ainda este ano. “O ritmo com que o Conselho Supremo da Ucrânia e o Governo estão a fazer progressos na candidatura à UE impressiona-me”, declarou Roberta Metsola, durante a sua visita do passado sábado a Lviv, Ucrânia. Também Zelensky espera que as negociações para a adesão do país à União Europeia possam começar este ano. "A Ucrânia espera concluir a implementação das recomendações da Comissão Europeia o mais rápido possível e iniciar as negociações para adesão UE este ano".