Guerra Rússia-Ucrânia

MNE da Ucrânia diz que segurança euro-atlântica só é possível com adesão à NATO

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, foi questionado sobre a adesão da Ucrânia e respondeu o que tem dito desde que a questão é colocada: uma eventual adesão de Kiev só será possível quando o conflito estiver resolvido.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Geert Vanden Wijngaert

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu esta terça-feira que a melhor solução para a segurança euro-atlântica é uma adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

"A adesão da Finlândia é uma mensagem clara de que chegou o momento de delinear todas as estratégias e não há uma solução melhor para a segurança euro-atlântica como um todo do que a eventual participação da Ucrânia", disse Dmytro Kuleba, pouco antes do início de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Bélgica.

Kuleba foi convidado pelos Estados-membros da NATO para participar na reunião, uma vez que um dos tópicos que vai estar em cima da mesa é o apoio político, económico-financeiro e militar à Ucrânia, que está há mais de um ano a tentar repelir uma invasão iniciada pela Federação Russa, que já provocou milhares de mortos e levou à fuga de milhões de cidadãos ucranianos.

Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, foi novamente questionado sobre a adesão da Ucrânia e respondeu o que tem dito desde que a questão é colocada: uma eventual adesão de Kiev só será possível quando o conflito estiver resolvido.

A partir desta terça-feira, a NATO passa a contar com 31 Estados-membros, com a adesão de Helsínquia, naquele foi o processo mais rápido de entrada de um país na Aliança Atlântica.

A candidatura começou por ser conjunta com a Suécia, mas persiste um diferendo com a Turquia sobre embargos à aquisição de armamento por Ancara e a recusa por parte de Estocolmo em reconhecer, por exemplo, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como uma organização terrorista.

Esta organização é considerada um grupo terrorista pela União Europeia e pela própria NATO. A reunião desta terça-feira realiza-se no mesmo dia em que a NATO celebra 74 anos de existência.