Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

Conversa entre Zelensky e Xi Jinping: “É inteligente e correto considerarem que é importante falar com a China”

A análise de Germano Almeida aos últimos desenvolvimentos na guerra na Ucrânia. O comentador SIC lembra que “a China quer ser o mediador, mas para já tem uma posição pró-russa”.

Volodymyr Zelensky e Xi Jinping
Loading...

Na análise aos últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, Germano Almeida, começou por avaliar a conversa telefónica entre entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. O comentador da SIC considerou essa aproximação "inteligente e correta".

“Acho que é inteligente e correto por parte dos ucranianos e de Zelensky considerarem que é importante falar com a China e considerarem que a influência política chinesa terá que ter o seu peso durante este conflito e esperemos que sim, mas também é verdade que é relevante que só tenha acontecido ao fim de 426 dias de guerra e também depois de um plano de paz chinês que nunca refere quem é o invasor e quem é o invadido”, realça Germano Almeida.

Bruxelas considerou a aproximação “muito positiva”. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou nesta quarta-feira que a conversa telefónica entre Xi Jinping e Zelensky é um primeiro passo na aproximação dos dois países.

Contudo, o comentador SIC lembra que “a China quer ser o mediador, mas para já tem uma posição pró-russa”.


Ajuda militar à Ucrânia

A NATO e os EUA anunciaram que já foram entregues quase todos os carros de combate prometidos à Ucrânia.

“Ucrânia já recebeu 98% dos veículos e carros de combate prometidos - 230 carros de combate e mais de 1.500 veículos blindados”.

“Há uma perspetiva da Ucrânia voltar a ter alguns avanços, mas também há a indicação por parte dos americanos que, independentemente dessa contraofensiva, Putin e os russos vão lá continuar e não vão abdicar dos seus objetivos, mesmo que os ucranianos tenham avanços pontuais”.

Germano Almeida explica que “a Ucrânia está muito mais bem preparada do que há uns meses, com aquilo que recebeu, mas a Rússia tem um número de combatentes maior do que no início do conflito. Não sabendo exatamente o número, é certo que será pelo menos à volta de 190-200 mil ou até mais”.