Guerra Rússia-Ucrânia

Pelo menos um morto e vários feridos em bombardeamento russo na Ucrânia

Mykolaiv está localizada junto ao Mar Negro, a cerca de 170 quilómetros da Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo em 2014. As forças russas têm frequentemente atacado a cidade desde que começaram a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Pelo menos um morto e vários feridos em bombardeamento russo na Ucrânia
STATE EMERGENCY SERVICE OF UKRAI

Pelo menos uma pessoa morreu e 23 ficaram feridas, incluindo uma criança, após um bombardeamento russo ter atingido esta madrugada a cidade de Mikolaev, no sul da Ucrânia, revelou o governador da região, Vitali Kim.

Por volta da 01:00 (23:00 de quarta-feira em Lisboa), os alarmes aéreos foram ativados devido à aproximação de quatro mísseis S-300 terra-ar, de acordo com a informação inicial divulgada pelo governador na plataforma Telegram.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, anunciou, no Telegram, que a Rússia “bombardeou Mykolaiv com quatro mísseis Kalibr lançados do Mar Negro”. O alvo foram “casas particulares, prédios históricos e arranha-céus”, acrescentou.

O autarca de Mikolaev, Oleksandr Senkevich, referiu, também no Telegram que um dos mísseis atingiu um prédio residencial de vários andares, enquanto outro caiu numa habitação isolada.

Pouco mais de meia hora depois do primeiro bombardeamento, as defesas antiaéreas da cidade foram novamente acionadas, sendo que os serviços de emergência continuam a operar nas áreas atingidas pelos mísseis.

Mykolaiv está localizada junto ao Mar Negro, a cerca de 170 quilómetros da Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.

As forças russas têm frequentemente atacado a cidade desde que começaram a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Ataque a museu

Na terça-feira, um outro bombardeamento russo destruiu um museu e causou dois mortos e 10 feridos no centro da cidade de Kupyansk, no leste da Ucrânia, um ataque que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou de "bárbaro".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.