No Vaticano, o Papa Francisco vai receber este sábado a visita do Presidente Volodymyr Zelensky. A informação, que ainda não foi confirmada oficialmente por nenhuma das partes, está a ser avançada pela agência Reuters que cita fontes diplomáticas.
Fontes da Santa Sé, citadas pela agência EFE, confirmam que o Vaticano está a preparar um encontro entre o Papa e o Presidente da Ucrânia, a acontecer no próximo sábado dia 13.
A viagem surge depois de, nas últimas semanas, o Vaticano se ter envolvido mais ativamente nos esforços de paz na Ucrânia, especialmente depois de o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, ter garantido que a missão para terminar o conflito anunciada pelo Papa Francisco "vai em frente" e revelado que "há notícias", mas de "natureza reservada".
Sobre as negações iniciais de Kiev e Moscovo após o anúncio do Papa sobre a existência da missão, Parolin especificou: "Eles não negaram, disseram que não sabiam de nada, mas depois houve contactos nos quais foi esclarecido por ambas as partes que foi sobre um mal-entendido".
Anteriormente, o Papa, durante o voo de regresso da sua recente viagem a Budapeste, afirmou: "Estou pronto para fazer tudo o que precisa ser feito [pela paz na Ucrânia] . Além disso, agora há uma missão em andamento, mas não é ainda público. Vamos ver como... Quando for público, eu conto".
Qual é a situação no terreno?
A confirmar-se a visita, acontece num momento em que mais armamento e material logístico ocidental, incluindo veículos blindados, chegaram à Ucrânia, e, por outro lado, vários países têm treinado efetivos ucranianos
No terreno, as forças russas estão firmemente entrincheiradas nas zonas orientais da Ucrânia e que, segundo o grupo Wagner, a contraofensiva “já está a todo o vapor”. Essa não é, porém, a informação dada ao mundo por Zelensky.
Esta quinta-feira, o Presidente ucraniano disse, aliás, que o país precisa de mais tempo para lançar a contraofensiva, enquanto o seu exército aguarda a entrega da ajuda militar prometida pelos seus aliados ocidentais.
Em entrevista a emissoras de serviço público do Eurovision News, Zelensky destacou que as brigadas de combate, algumas das quais treinadas por países da NATO, estão prontas, mas o Exército ainda precisa de "algumas coisas", incluindo veículos blindados.
O esperado ataque pode ser decisivo na guerra e também um importante teste para a Ucrânia, que busca mostrar que as armas e equipamentos que recebeu do Ocidente podem levar a ganhos significativos no conflito.