No ano passado, a Ucrânia foi a vencedora do Festival Eurovisão da Canção, com "Stefania" da Kalush Orchestra. Por isso, deveria acolher este ano o concurso, mas a guerra que assola o país, acabou por levar a organização a decidir que seria o Reino Unido, segundo classificado, o país anfitrião.
"O pedido de Zelensky para se dirigir ao público do Festival Eurovisão da Canção, embora feito com intenções louváveis, infelizmente não pode ser atendido, pois violaria as regras do evento", sublinhou a União Europeia de Radiodifusão (EBU), que organiza o concurso.
"Um dos pilares da competição é a natureza apolítica do evento. Este princípio proíbe declarações políticas ou similares durante a competição", acrescentou a organização, citada pela agência France-Presse (AFP).
Homenagem à Ucrânia
O país, que tinha sido invadido pela Rússia meses antes, obteve um total de 631 votos, 439 deles dados pelo voto do público. A final deste ano, que contará com a participação de 26 países, contará com uma forte homenagem à Ucrânia, com a presença de onze artistas ucranianos no palco, incluindo a Kalush Orchestra, realçou a EBU.
Os videoclipes transmitidos durante a noite mostrarão diferentes lugares da Ucrânia. Liverpool também inaugurou um monumento "símbolo de esperança" para a Ucrânia, uma estátua de alumínio de um homem a segurar um livro do qual escapa uma pomba com uma bandeira ucraniana.
A Rússia foi excluída da competição, como na edição de 2022.