O fundador do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou esta segunda-feira que os soldados irão abandonar Bakhmut. A cidade ucraniana terá sido conquistada pela Rússia este sábado.
Esta segunda-feira, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, garantiu que as forças ucranianas estão a avançar no flanco de Bakhmut, apesar da “intensidade” da operação ter diminuído. Negou que a Rússia tenha estabelecido controlo total sobre a cidade e garante que a Ucrânia ainda tem um pequeno pé dentro da cidade.
A reivindicação da conquista de Bakhmut foi primeiramente emitida pelo próprio Prigozhin. Oito horas depois, o ministério da Defesa russo indicou, via Telegram, que o exército privado Wagner, com o apoio de tropas russas, assumiu o controlo total da cidade de Bakhmut, leste da Ucrânia.
Na altura, as autoridades ucranianas referiram que o combate por Bakhmut prosseguia, negando a conquista russa.
"A situação é crítica. Ao mesmo tempo, [...] os nossos defensores controlam algumas instalações industriais e infraestruturas na área, bem como no setor privado", disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar, na rede social Telegram.
No domingo, a Ucrânia garantiu que ainda estava a lutar pelo controlo de Bakhmut, depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter afirmado que a cidade permanecia "apenas nos nossos corações".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, diz que a região de Bakhmut é muito importante para o país e que os soldados ucranianos continuam a defendê-la.
Em entrevista exclusiva ao Leste/Oeste de Nuno Rogeiro, Dmytro Kuleba, acusa a Rússia de destruir cidades.
"Estamos a entrar numa nova fase. A fase anterior foi a defesa de Bakhmut. É um símbolo, é importante, mas o mais importante é o sucesso da contraofensiva".
