Guerra Rússia-Ucrânia

Ataque em Odessa atinge edifícios residenciais, um centro comercial e uma escola

Dois dos quatro mísseis lançados contra a cidade foram abatidos pelo sistema de defesa anti aéreo ucraniano. O ataque à cidade portuária, no sul do país, fez pelo menos 3 mortos e 13 feridos.

Ataque em Odessa atinge edifícios residenciais, um centro comercial e uma escola
STRINGER/ Reuters

Pelo menos três pessoas morreram e 13 ficaram feridas na sequência de um ataque com mísseis esta noite em Odessa, na Ucrânia. Foram atingidos vários edifícios residenciais, um centro comercial e uma escola. Dois dos quatro mísseis lançados contra a cidade foram abatidos pelo sistema de defesa antiaéreo ucraniano.

Os três mortos são funcionários de um armazém comercial atingido por um míssil de cruzeiro russo do tipo Kalibr, disse Serhiï Bratchouk, porta-voz da administração militar de Odessa, no Telegram.


Outros sete funcionários ficaram feridos e "pode haver pessoas sob os escombros", acrescentou.


Quatro mísseis foram lançados de um navio no mar Negro, acrescentou. Além dos funcionários dos armazéns, seis pessoas ficaram feridas noutros locais de Odessa, onde um centro de negócios, um estabelecimento de ensino, um complexo residencial, restaurantes e lojas foram danificados.


Moscovo intensificou os ataques noturnos às cidades ucranianas nas últimas semanas, numa altura em que Kiev lançou uma vasta contraofensiva para tentar recuperar os territórios ocupados pelas forças russas.


Odessa foi bombardeada várias vezes desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. A 10 de junho, três pessoas morreram nos arredores da cidade num incêndio provocado pela queda de destroços de 'drones' (veículos aéreos não tripulados) destruídos pela defesa antiaérea ucraniana.

Ataque à cidade natal do Presidente ucraniano

Esta terça-feira, pelo menos 11 pessoas morreram e 30 ficaram feridas num ataque com míssil russo em Kryvyi Rih, cidade natal do Presidente Volodymyr Zelensky. O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque russo na província de Dnipropetrovsk, no sudeste da Ucrânia.

O porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, sublinhou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, que o direito humanitário internacional deve ser respeitado e afirmou que "devem ser tomadas precauções constantes para evitar mais danos aos civis e às infraestruturas civis".

Dujarric manifestou também a preocupação relativamente a outros ataques na região de Kherson, que resultaram na morte de um civil.

O porta-voz indicou que o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) prestou ajuda humanitária a 7.000 pessoas em Darivska, nos arredores de Kherson, controlada pelos ucranianos, mas lamentou que a Rússia não esteja a dar as garantias de segurança de necessárias para que seja atravessada a linha da frente.

Zelensky diz que a fensiva é "difícil", mas “está a progredir”

Na segunda-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que a atual ofensiva do exército ucraniano no sul e leste do país estava "a ser difícil", mas que se registavam progressos, tendo sido recapturadas pelo menos sete localidades às forças russas.

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As forças ucranianas têm em curso uma contraofensiva no sul e leste do país .Segundo Zelensky, a operação permitiu recuperar o controlo de sete localidades que tinham sido tomadas pelas tropas russas.

A contraofensiva ucraniana foi possível graças ao armamento fornecido pelos aliados ocidentais da Ucrânia.

Vladimir Putin garante que o seu exército está a repelir o contra-ataque da Ucrânia, reforçando o que tinha afirmado na segunda-feira: "As perdas [ucranianas] estão a aproximar-se de um nível que pode ser descrito como catastrófico", afirmou Vladimir Putin, citado pela Agência France Presse, referindo que as perdas russas foram "dez vezes menores".