Os resultados preliminares do inquérito ao colapso da barragem de Nova Kakhovka no sul da Ucrânia apontam que terá sido provocado por explosivos russos.
Precisamente 10 dias após o desastre em Kherson, o relatório preliminar divulgado esta sexta-feira indica que “é altamente provável” que o colapso da barragem tenha sido provocado por explosivos colocados por russos em pontos críticos da estrutura.
"As provas e a análise da informação disponível - que inclui sensores sísmicos e discussões com peritos de topo em demolições - indicam que existe uma elevada probabilidade de a destruição ter sido causada por explosivos pré-colocados posicionados em pontos críticos da estrutura da barragem", diz o resumo das conclusões preliminares da equipa da empresa de advogados visto pela Reuters.
São as primeiras conclusões da equipa de peritos internacionais e do Tribunal Penal Internacional que visitou o local no último fim de semana, nos dias 10 e 11 de junho.
A equipa está a apoiar a Procuradoria ucraniana na investigação judicial a possíveis crimes de guerra cometidos no conflito armado com a Rússia.
A barragem colapsou a 6 de junho e galgou as margens do rio Dnipro, inundando localidades inteiras.
Há mais de meia centena de mortos, do lado russo e pelo menos 10 mortes confirmadas pela Ucrânia e mais de 40 desaparecidos.
O Presidente Putin acusou a Ucrânia de ter destruído a barragem de Kakhovka como uma tática apoiada pelo Ocidente para agravar o conflito.
Satélites norte-americanos detetaram explosão antes do colapso da barragem de Kakhovka
Três dias após a destruição da barragem, os EUA anunciam que os seus satélites detetaram uma explosão momentos antes do colapso.