Volodymyr Zeleensky partilhou um vídeo na rede social Twitter onde garante que Vladimir Putin não consegue controlar as suas próprias tropas, sendo que a rebelião do grupo Wagner é a prova disso mesmo. O Presidente ucraniano diz ainda que o líder russo está neste momento “com medo e escondido algures” fora de Moscovo.
Numa mensagem de quatro minutos e quarenta segundos, o chefe de Estado da Ucrânia dirige-se a Putin e aos seus aliados, ao Ocidente e ao povo ucraniano.
Começa por declarar que os “chefes da Rússia não conseguem controlar nada”, referindo-se aos avanços do grupo Wagner sobre Moscovo.
“Eles, no Kremlin, são capazes de recorrer a qualquer terror, capazes de recorrer a qualquer estupidez, mas não conseguem fornecer nem um por cento do controlo necessário. E são eles o problema”, diz.
Zelensky acrescenta que em apenas um dia, o regime de Putin deixou claro o quão “fácil é capturar" cidades russas e arsenais de armas do país.
O líder aponta que neste momento é essencial “não ficar em silêncio” e que, todas as ações dos líderes mundiais poderão ser agora “históricas”.
Garante também que a soberania europeia depende da Ucrânia, país que, segundo o próprio, tudo fará para proteger o leste europeu. Para isso, Zelensky lembra que o Ocidente deve continuar a apoiar Kiev com armamento.
Putin “está com muito medo”
Dirige-se ainda aos aliados de Putin e afirma com certeza:
“O homem do Kremlin [Putin] está com muito medo e, provavelmente, escondido algures. Tenho a certeza que já não está em Moscovo”.
Zelensky vinca que o líder russo foi o criador “da ameaça” atual e que, quanto mais tempo estiver escondido, mais os países que apoiam o Kremlin vão “perder”.
Por fim, deixa a garantia de que os ucranianos vão continuar a defender o seu território e a sua liberdade.
“Nós sabemos como vencer e isso vai acontecer. A nossa vitória nesta guerra vai, de certeza, acontecer”, remata.
Grupo Wagner recua
Prigozhin, líder do grupo Wagner, reivindicou este sábado a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
Pouco depois de Zelensky partilhar esta mensagem nas redes sociais, Prigozhin aceitou suspender as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, depois de ter negociado com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.