Um general russo sabia dos planos de rebelião de Yevgueny Prigozhin contra o Ministério da Defesa, dizem as autoridades norte-americanas.
A informação é avançada esta quarta-feira pelo jornal The New York Times.
Os serviços de informação dos Estados Unidos estão a tentar perceber se o general, Sergei Surovikin, que foi afastado em janeiro do comando das forças russas na Ucrânia, ajudou a planear as ações do líder do grupo Wagner.
As autoridades americanas acreditam ainda que outros generais russos terão estado envolvidos no motim do último fim de semana.
A rebelião do último fim de semana representou a maior ameaça ao poder de Putin desde que tomou posse, em 2000.
A rebelião
A reviravolta deu-se depois de uma declaração ao país de Vladimir Putin. Depois, pôs fim a uma rebelião armada que ameaçou como nunca o poder militar e politico do Kremlin.
Os mercenários acusavam as tropas russas de terem bombardeado uma base do grupo Wagner na Ucrânia e declararam guerra à hierarquia militar de Moscovo. Começaram por tomar a cidade de Rostov, passaram por Voronej e seguiram por Lipetsk rumo à capital.
Pelo caminho abateram várias aeronaves russas e foram, também, alvo de uma resistência parcial das forças de segurança e das tropas leais a Vladimir Putin.
A revolta foi anunciada na sexta-feira, mas poderá não ter sido espontânea. De acordo com os media norte-americanos, os serviços secretos dos EUA acreditam que o chefe do grupo Wagner estaria a planear a ação há pelo menos duas semanas.
24 horas depois de terem tomado a cidade russa de Rostov, os mercenários receberam ordem para fazer as malas e voltar à linha da frente.