Germano Almeida, comentador da SIC, refere que a Ucrânia tem conseguido alguns avanços na guerra, numa "espécie de segunda fase da contraofensiva", que estará a começar. O comentador da SIC diz ainda que Volodymyr Zelensky não ficou com a garantia de entrada na NATO, no entanto, considera que se "avançou o máximo que se poderia".
"O que Zelensky queria mesmo não ficou totalmente claro, que era a certeza que a Ucrânia ia entrar na NATO, com um convite objetivo", afirma.
No entanto, Germano Almeida esclarece que Kiev "não podia" entrar neste momento na Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma vez que isso seria "colocar toda a NATO contra a Rússia".
Acabou por se "avançar o máximo que se poderia", defende.
Para a entrada da Ucrânia na aliança é preciso dar alguns passos, como acabar a guerra, dotar o país do melhor equipamento possível e assegurar as condições de segurança, enumera o comentador da SIC.
Na Edição da Manhã, Germano Almeida aponta para uma evolução no discurso de Zelensky: se inicialmente mostrou alguma frustração pela ausência de um convite formal para entrar na NATO, "quando percebeu que não ia ter o que queria" houve uma evolução e acabou a cimeira com "declarações otimistas".
Na cimeira de Vilnius, na Lituânia, que terminou na quarta-feira, houve uma novidade: Kiev vai “saltar” um passo para entrar na NATO, uma vez que não vai ter de passar pelo "plano da ação".
Na cimeira, os países da NATO mostraram-se disponíveis para convidar a Ucrânia a aderir, mas só quando "as condições estiverem reunidas". Os Estados-membros disponibilizam-se ainda a apoiar todas as reformas necessárias.
Sobre os recentes ataques russos contra a Ucrânia, o comentador da SIC defende que é uma "espécie de vingança". Já na contraofensiva parece haver avanços:
"A Ucrânia começa agora, numa espécie de segunda fase da contraofensiva, a conseguir alguns avanços".