A presidente do Parlamento Europeu disse que as negociações para a adesão da Ucrânia poderão começar ainda durante este ano. Germano Almeida considera que é "uma decisão geoestratégica que vai ter custos”, mas não tem dúvidas em afirmar que é inevitável. No terreno, a Ucrânia diz que a Rússia atacou a infraestrutura portuária ucraniana e as instalações de armazenamento de cereais, na terça-feira, mas também relatou algum progresso nas linhas de frente na contraofensiva.
Sobre a alegada morte do comandante russo da frota no Mar Negro, Kiev disse que tinha que clarificar. Moscovo divulgou imagens de uma reunião com o comandante morto.
“Guerra híbrida, desinformação. Não sabemos exatamente quem fala verdade. A Ucrânia foi muito clara ao dizer que o ataque na passada sexta-feira a ao quartel-General de Sebastopol, da frota russa do Mar Negro, terá morto o Vice Almirante. Victor Sokolov, comandante da frota russa do Mar Negro, outros oficiais também, altas patentes. A Rússia mostra estas imagens, mas nada nos garante que estas imagens tenham sido a posteriores a sexta-feira”.
O mais relevante é que a Ucrânia está a conseguir a atacar posições russas na Crimeia.
“A Ucrânia assume que não só na Crimeia, também em território russo, o objetivo dos ataques de drones é reduzir a capacidade russa, reduzir a sua capacidade de defesa aérea e também, tal como fez hoje com um drone em Kursk, mostrou à Rússia que, enquanto [a Rússia] atacar infraestruturas energéticas, pode ter essa resposta”.
Adesão da Ucrânia à UE: Metsola quer dar início às negociações até ao fim do ano
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, diz que as negociações para a adesão da Ucrânia poderão começar ainda durante este ano, mas poderá aqui haver uma pré adesão no que diz respeito a permitir a Ucrânia que o acesso ao mercado único.
“Metsola sabe duas coisas: por um lado, que a entrada na União Europeia vai demorar tempo e vai ser difícil, mas sabe também que não é uma entrada burocrática, procedimental, é uma entrada estratégica, é uma decisão geoestratégica que a União Europeia deve fazer”.
Para Germano Almeida, Metsola "de forma inteligente, disse: ‘vamos avançar e vamos acelerar esse processo’.
“Numa primeira fase, questões como redução das tarifas comerciais, a adesão da Ucrânia ao mercado interno serão também importantes, mas mais importante do que isso, é consciencializar os Estados membros da União Europeia que uma entrada da Ucrânia vai provocar, não vale a pena pôr cuidados nas palavras, uma revolução na União Europeia, nomeadamente em questões como a distribuição de fundos, atribuição de Comissários.
“É uma decisão geoestratégica que vai ter custos”, para os países da União Europeia, considera Germano Almeida, que não tem dúvidas em afirmar que é inevitável.
“A União Europeia claramente deixará de ser União Europeia se a Ucrânia democrática não resistir e, portanto, só uma Ucrânia democrática a entrar na União Europeia será não só bom para a Ucrânia, mas também para a União Europeia, mas vai exigir opções difíceis”.
“Erdogan gosta de ir ao bazar, de vender cara a entrada da Suécia na NATO”
A Turquia diz que só permite, só vai garantir a ratificação da adesão da Suécia, caso os Estados Unidos vendam os aças F-16 temos, estamos aqui perante um caso de de uma clara chantagem.
“Erdogan gosta de ir ao bazar, e esse bazar que últimos anos tem feito ao nível diplomático, passa também por vender cara a entrada da Suécia".