O Reino Unido quer formar mais militares ucranianos e o ministro da Defesa deixou escapar que o treino pode vir a ser feito na Ucrânia. O primeiro-ministro britânico veio, entretanto, desmentir disse que, para já, não há planos. A Rússia iniciou este domingo a segunda convocatória para o serviço militar obrigatório.
Mais de 23.500 recrutas ucranianos já receberam formação no Reino Unido, desde o início de 2022, mas a transferência do treino, como sugerido pelo ministro britânico da Defesa, pisaria uma linha vermelha para o Kremlin.
O desmentido velado, coube primeiro-ministro Rishi Sunak que assegurou não haver planos imediatos para enviar instrutores militares para a Ucrânia. Reino Unido e Aliados têm evitado uma presença militar formal na Ucrânia para reduzir o risco de um conflito direto com a Rússia.
Do lado russo, se os jovens não comparecerem nos serviços de alistamento, arriscam multa de 283 euros. 130.000 russos, entre os 18 e os 27 anos, começaram este domingo a ser convocados para o serviço militar obrigatório. Na primeira mobilização, milhares fugiram do país, mas as autoridades russas garantem que os recrutas não vão ser enviados para a Ucrânia.
Moscovo está a aumentar substancialmente o orçamento da Defesa para 2024, mas as más notícias para Kiev surgem sobretudo pelo calendário eleitoral de alguns países.
Partido eslovaco quer pôr fim ao financiamento para a Ucrânia
Na Eslováquia, o líder do partido pró russo que venceu as eleições insiste que vai parar de financiar a Ucrânia e que vai iniciar com Moscovo negociações para pôr termo à guerra.
Tentando contrariar a fadiga do conflito, entre os aliados, o Presidente ucraniano aposta numa certa emancipação, pela produção própria de armamento, com os fabricantes mundiais de sistema de defesa a instalarem-se em território ucraniano.
No Dia dos Defensores, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, participou nas homenagens em Kiev, aos veteranos e aos mortos em combate, cerimónias que pontuaram um intenso dias de ataques.
Força Aérea ucraniana garante que abateu 16 drones lançados pela Rússia
A Força Aérea ucraniana garante que abateu 16 dos 30 drones lançados pela Rússia, alguns dos aparelhos não foram intercetados e atingiram infraestruturas industriais 200 quilómetros a sul de Kiev.
Já as defesas aéreas russas intercetaram seis drones ucranianos sobre regiões russas e dois mísseis ucranianos sobre a Crimeia.