Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia garante que não vai tolerar a entrada da Ucrânia na NATO

A Rússia garante que não vai aceitar a adesão da Ucrânia à NATO. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Países da Aliança Atlântica estão reunidos para perceber como podem ajudar Kiev a travar o avanço de Vladimir Putin até que haja espaço para negociações de paz.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte
Loading...

Os chefes da diplomacia dos países da NATO reunidos em Bruxelas sabem que o tempo é escasso. Putin avança de forma consistente na Ucrânia e é provável que Trump force Kiev a negociar entregando à Rússia o que conquistou. São razões que chegam para o apelo apressado.

“Na Ucrânia há mais um inverno crucial a chegar e a agressão da Rússia não dá sinais de abrandar. Aliás, pelo contrário, Putin está a intensificar a sua retórica e as suas ações imprudentes. Está a utilizar a Ucrânia como campo de testes para mísseis experimentais e está a enviar soldados norte-coreanos para esta guerra ilegal. Temos todos de fazer mais, principalmente agora. Quanto mais forte for o nosso apoio militar à Ucrânia, mais forte será a sua mão na mesa de negociações e mais cedo acabaremos com a agressão russa de uma vez por todas na Ucrânia.”, disse Mark Rutte, secretário geral da NATO

Perante o avanço da Rússia e a iminente chegada ao poder de Donald Trump, Zelensky admite trocar os territórios ocupados pela adesão à NATO, mas Moscovo avisa desde já que é inaceitável. Ajudar a Ucrânia é na visão do Kremlin querer que a guerra não tenha um fim.

“A atual administração dos EUA procura atingir os seus objetivos, dentro da sua própria linha para evitar o abrandamento da guerra. Estão a fazer de tudo para continuar a deitar achas para a fogueira. Ao mesmo tempo, nem este nem qualquer pacote de ajuda pode alterar o curso dos acontecimentos, não afetam a dinâmica nas frentes”, afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin

A Rússia avança a leste embora as tropas ucranianas resistam no território conquistado na zona de Kursk. Os ataques às centrais elétricas continuam. Na última noite foi atingida uma central na zona de Ternopil, a ocidente de Kiev.