São várias as negociações, as reuniões, o diálogo que se tem mantido nos últimos dias com vista ao fim da guerra na Ucrânia. No espaço diário de comentário, o coronel Carlos Mendes Dias começa a análise desta quarta-feira por aquela que foi a conferência de Munique, na Alemanha, e naquilo que foi dito e o que também ficou por dizer.
"O Sr. Presidente Zelensky chega a afirmar, se as Forças Armadas Russas atacarem um dos vossos exércitos, conseguem resistir? Quando ele sabe que o dele não resistiu ou está a resistir o máximo possível... Foi o que está a tentar dizer, está a pressionar o outro lado, não só no sentido do investimento de defesa, que ele sabe que não tem resultados a curto prazo, é sempre a médio prazo, mas a constituição de alguma coisa mais consolidada e que divide os europeus. Estou a falar das forças europeias. Ele está a entender esta plataforma de entendimento quanto à presença europeia na Ucrânia, exatamente como um primeiro passo para isso.
Está a pensar, em primeiro lugar, obviamente, na Ucrânia e que está a aproveitar esta fragilidade. Depois diz também isto, o membro mais influente da NATO parece ser Vladimir Putin".
Para o comentador da SIC, Zelensky "sabe que a não entrada da Ucrânia na NATO corresponde ao não cumprimento de critérios. A sua entrada, embora se perceba a lógica, seria muito fragmentadora para a Aliança Atlântica. E os critérios são político, económico, de defesa, estruturas, de segurança, jurídicos, não cumpre praticamente nenhum. Mas tem aqui um alcance e que está nas negociações da Arábia Saudita. Ou melhor, está nas conversas, porque as negociações ainda não começaram".
Por aqui começa o habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.