Guerra Rússia-Ucrânia

Explicador

Canceladas negociações em Londres: "A proposta era menos aliciante para o caso ucraniano"

Na análise à atualidade internacional, o coronel Carlos Mendes Dias aborda os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, com destaque para o cancelamento das negociações em Londres.

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Marco Rubio e os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, de França e da Alemanha não chegaram a acordo e cancelaram as negociações de hoje em Londres sobre a guerra na Ucrânia. Os jornais britânicos e norte-americanos dizem que Trump está disponível para reconhecer a anexação russa da Crimeia e o congelamento da linha da frente na Ucrânia. No explicador desta quarta-feira, o coronel Carlos Mendes Dias analisa este cancelamento de última hora, numa altura em que se tentava afinar algumas das linhas já orientadoras de Paris.

"Parece-me que a proposta era menos aliciante para o caso ucraniano. O que de facto estava em jogo? O que é que dizia a proposta americana? Reconhecimento da Júria da Crimeia. Por conseguinte, o reconhecimento por escrito da Crimeia, como pertencendo à Rússia.

Segunda questão, reconhecimento de todos os outros Oblasts, Lugansk, Donetsk, etc., aqueles que já sabemos, de facto, não 'de jure', mas de facto, para o lado russo. A Federação Russa certamente também teria muita dificuldade em aceitar isto, porque eles já eram constitucionais do lado russo.

Depois, a não entrada na NATO. O documento previa a possibilidade de entrada da União Europeia. Depois, o levantamento de sanções à Rússia desde 2014, todas elas. E finalmente, a cooperação norte-americana no setor da energia e da indústria com a Federação Russa", explica o comentador da SIC.

Este é um dos temas em foco no explicador desta quarta-feira, no qual o coronel Carlos Mendes Dias também faz um ponto de situação da guerra no terreno.