Guerra Rússia-Ucrânia

Explicador

O impasse entre Ucrânia e Rússia: "Há condições que ambos consideram inaceitáveis"

Na análise à atualidade internacional, Carlos Mendes Dias destaca os avanços russos na Ucrânia, considerando que Kiev terá de ceder territórios para chegar a um acordo de paz ou cessar-fogo com Putin.

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A noite de terça-feira foi mais uma de ataques russos na Ucrânia. Um violento ataque na capital com mísseis russos fez pelo menos oito mortos e 63 feridos, incluindo crianças. Zelensky cancelou parte da agenda da viagem que está a fazer na África do Sul e o ministro dos Negócios Estrangeiros acusou Putin de só querer continuar a guerra e ignorar quaisquer esforços para atingir a paz.

Na análise à atualidade internacional, Carlos Mendes Dias não fala em boicote, mas realça que "há condições que ambos consideram inaceitáveis", reconhecendo que a proposta de paz atual “favorece mais a Rússia do que a Ucrânia”.

Para o comentador da SIC, num eventual acordo entre os dois países haverá perda de territórios do lado ucraniano. "Não há volta a dar", considera.

"Os últimos ataques não foram só a Kiev. Foram a Zhytomyr, Dinipro, Kharkiv, Mykolaiv, um conjunto de locais, diferentes infraestruturas (…) Foram intercetados, segundo fontes russas e parcialmente acompanhadas por fontes ucranianas, 48 mísseis, uma taxa de interceção razoável. Mas em relação aos drones, foram apenas 64, uma taxa baixa. É uma fragilidade".

Este é um dos temas em foco no explicador desta quarta-feira, no qual o coronel Carlos Mendes Dias também fala sobre o papel da Bielorrússia e dos Estados Unidos.