Primeiro, Donald Trump suspendeu toda a ajuda militar à Ucrânia, argumentando que a prioridade era pôr fim à guerra através da diplomacia. Com o acordo de exploração de recursos naturais ucranianos selado, deu luz verde ao envio de armamento.
O documento não dá garantias explícitas de assistência militar, mas viabiliza a compra de armas através do Fundo de Investimento para a Reconstrução. Apesar do valor da encomenda reportada não ser significativo - 50 milhões de dólares - trata-se da primeira exportação de armamento para a Ucrânia autorizada por Trump desde que tomou posse.
As armas e serviços de defesa fornecidos pelos norte-americanos terão de ser comprados. Kiev afirma que vai apostar em armamento crucial, apenas produzido nos Estados Unidos. A Casa Branca admite que a guerra não vai terminar tão cedo.
Por outro lado, as secretas norte-americanas sugerem que Vladimir Putin estará a mudar de estratégia em relação ao conflito. O facto de Trump parecer agora mais brando com a Ucrânia poderá levar o Kremlin, acreditam, a estar mais aberto a um eventual acordo de cessar-fogo, uma hipótese que muitos analistas rejeitam.
Moscovo parece estar a aproveitar o ímpeto no campo de batalha. A imprensa ucraniana avança que as forças russas receberam ordens para pressionar em todas as frentes.
A população civil, sobretudo no leste e sul da Ucrânia, tem sido alvo de intensos ataques. Uma ofensiva com 150 drones na região de Zaporijia provocou, esta sexta-feira, dezenas de feridos.