Só esta terça-feira foram centenas a fazer o mesmo apelo. Não aceitam a aprovação da lei que deixa sob alçada direta do presidente duas agências públicas de combate à corrupção.
Defendem que está em causa um princípio-base num Estado democrático: a independência da justiça. É que a nova lei permite que o chefe de Estado tenha acesso a todas as investigações e possa usar esse poder para salvar a própria pele, interferindo diretamente nos processos.
Os ucranianos não gostaram; os analistas apontaram o dedo e até em Bruxelas se pediram explicações, na Comissão e no Parlamento Europeu. O coro de críticas foi tão grande que o chefe do governo decidiu agir.
Volodymyr Zelensky explica que a lei foi aprovada depois de terem sido identificadas fugas de informação em benefício dos serviços secretos da Rússia, mas tenta agora provar que não vai interferir no combate à corrupção.
Esse reforço – assim como o fim da influência russa – foram também defendidos pelo chefe da diplomacia israelita. De visita a Kiev, repetiu a acusação que o próprio governo que integra está a ser alvo na Faixa de Gaza. Mas esse objetivo é para já uma miragem.
Esta quarta-feira, responsáveis dos dois países em guerra foram recebidos na Turquia para nova ronda de negociações, mas o encontro não deverá ter qualquer impacto no conflito.