Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

Negociações Rússia-Ucrânia: "Claramente podemos esperar muito pouco"

Rússia e Ucrânia voltam à mesa das negociações na Turquia. Esta é a terceira reunião entre os dois países desde maio. Moscovo já afastou a possibilidade de avanços milagrosos. "Claramente podemos esperar muito pouco, como o próprio Putin e todos os representantes do Kremlin já disseram, e podemos entender porquê, porque realmente a Rússia nunca quis negociar ao longo de todo o processo", realça Manuel Serrano, analista de Assuntos Europeus e Política Internacional.

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Ucrânia e Rússia voltam esta quarta-feira às negociações para um cessar-fogo, em Istambul, na Turquia. A delegação russa é chefiada pelo conselheiro presidencial de Vladimir Putin. Do lado de Kiev, o antigo ministro da Defesa e atual secretário do Conselho de Segurança Nacional lidera a delegação ucraniana. Esta é a terceira ronda de negociações entre os dois países desde maio. Nas duas anteriores, não houve nenhuma proposta efetiva de tréguas. Foi conseguido um acordo para a troca de prisioneiros de guerra e de corpos de combatentes.

Moscovo já afastou a possibilidade de avanços milagrosos, mas o Presidente ucraniano insiste que é preciso intensificar a dinâmica das negociações. Manuel Serrano, analista de Assuntos Europeus e Política Internacional, mostra-se pessimista sobre o que de poderá esperar desta ronda negocial entre Rússia e Ucrânia.

"Claramente podemos esperar muito pouco, como o próprio Putin e todos os representantes do Kremlin já disseram, e podemos entender porquê, porque realmente a Rússia nunca quis negociar ao longo de todo o processo, manter a sua agenda maximalista de desmilitarizar a Ucrânia, afastar a sua soberania, impor um novo governo, afastá-la da NATO, obviamente, sabemos perfeitamente que a agenda do Kremlin é perfeitamente maximalista e é impossível negociar com alguém que defende tudo isto", refere Manuel Serrano.

O analista de Assuntos Europeus e Política Internacional desta: "Sabemos que Putin não quer negociar, quer aquela sua agenda, quer afastar a Ucrânia da União Europeia e da NATO, e esse é sempre o seu propósito".

Manuel Serrano explica que nestas negociações poderá estar em cima da mesa, mais uma vez, a troca de prisioneiros, e espera-se que também se negoceie o resgate das crenças que foram raptadas pela Rússia, mas nada mais do que isso.

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