A Rússia voltou a atacar em força a Ucrânia horas antes da terceira ronda de negociações desde maio. O encontro tem início esta tarde em Istambul, na Turquia, com delegações russas e ucranianas. Manuel Poêjo Torres explica o que se pode esperar destas negociações, sendo que as expectativas não são altas.
"Expectativas de negociação de paz com o agressor nuclear Rússia nunca podem ser altas, porque estamos a falar de um adversário que ignorou o direito internacional, um adversário que violou as fronteiras territoriais de um país reconhecido por todos os Estados internacionais e, portanto, coloca-se à margem daquilo que é o diálogo internacional de colaboração para a resolução de conflitos", sublinha o comentador da SIC.
O Presidente Zelensky destacou o atual secretário do Conselho de Segurança Nacional, Rustem Umerov, como seu número um para as negociações com a Rússia: "Foi ministro da Defesa, o homem que sempre liderou as comitivas de negociações ucranianas com a Rússia e é o homem que conhece bem os estratagemas, as táticas, as guerras entre os diferentes blocos".
Manuel Poêjo Torres considera que das negociações entre as duas partes é possível que saia "mais uma troca de prisioneiros, provavelmente mais transparência sobre a posição da Rússia, não um cessar-fogo". "Penso que estamos ainda muito no início porque neste momento nenhum dos blocos e a linha da frente ainda não se modificou de forma muito expressiva", destaca.
Este é uma das questões em foco na análise à atualidade internacional no habitual explicador do Jornal do Dia, esta quarta-feira com o comentador Manuel Poêjo Torres.