Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky recua após contestação: aprovado projeto de lei que devolve autonomia às agencias anti-corrupção

O Presidente da Ucrânia aprovou um novo projeto de lei que devolve autonomia às duas principais agências públicas de combate à corrupção, como resposta à maior vaga de contestação popular contra o governo desde o início da guerra.

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O presidente da Ucrânia aprovou um novo projeto de lei que devolve a autonomia às duas principais agências públicas de combate à corrupção. A medida surge como resposta à maior vaga de contestação popular desde o início da guerra, numa tentativa clara de recuperar a confiança interna e o apoio internacional.

As críticas começaram com força nas ruas, onde os manifestantes apontaram o "absurdo" de ver as duas entidades anticorrupção colocadas sob controlo direto da presidência, como determinava a lei aprovada no início da semana. A contestação alargou-se rapidamente, subiu de tome arrastou vários líderes europeus.

Perante a pressão, Volodymyr Zelensky recuou. Esta quinta-feira anunciou a aprovação de um novo projeto de lei que reestabelecea independência da justiça e impede qualquer interferência do chefe de Estado em investigações que possam ser sensíveis para o governo.

A decisão procura travar uma crise política que ameaçava transformar-se em combustível para o descontentamento popular, num momento em que a Ucrânia já enfrenta o desgaste da guerra prolongada.

A resiliência da população mantém-se, mas a ofensiva russa não abranda. Nas últimas horas, as cidades de Odessa, a sul, e Kharkiv, a norte, foram novamente alvo de ataques. Os bombardeamentos aconteceram pouco depois de uma nova ronda de negociações na Turquia, marcada mais por intenções do que por resultados concretos. O principal avanço foi a realização de mais uma troca de prisioneiros.

Na região de Pokrovsk, no leste do país, a Rússia lançou mais um assalto em busca do controlo territorial. A situação no terreno continua crítica, numa guerra que está longe de chegar ao fim.