As manifestações na Ucrânia entraram esta sexta-feira no quarto dia consecutivo, mas estão a perder força. Os protestos são motivados por uma lei controversa, que só deverá ser revista na próxima semana.
A onda de manifestações ameaça tornar-se uma brecha no apoio ao governo, mas quem a está a formar explica o que está em causa.
Não estão contra o governo, mas não aceitam a lei aprovada esta semana, que coloca sob a alçada direta do Presidente as duas principais agências de combate à corrupção do país. Temem que estas possam ser alvo de tentativas de interferência política.
Para tentar calar os protestos, que esta sexta-feira entraram no quarto dia consecutivo, o chefe do governo propôs ao Parlamento uma nova medida que reestabelece a independência da justiça. No entanto, o projeto de lei só será votado na próxima quinta-feira.
Enquanto tenta resistir à maior crise interna desde que está no poder, Zelensky aposta na pressão dos aliados internacionais. Já há uma garantia e até um local para o encontro, mas falta a vontade de um dos convidados, que diz que só aparecerá quando se resolver o impasse que ele próprio está a alimentar.
O objetivo parece ser ganhar tempo e criar a ideia de que está interessado em negociar, enquanto continua a ganhar terreno militarmente e a atingir o que diz serem alvos militares legítimos.
Ainda assim, o hospital de Kharkiv não escapou ao bombardeamento desta sexta-feira. Foi o segundo dia consecutivo de ataques da Rússia à segunda maior cidade da Ucrânia.