Guerra Rússia-Ucrânia

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"Ainda não sei para onde ir": ataques levam à evacuação forçada em zonas da linha da frente na Ucrânia

As autoridades ucranianas anunciaram esta segunda-feira que vão avançar com a evacuação forçada em várias aldeias e cidades da região de Dnipro. Vai acontecer em mais 18 localidades porque as tropas russas estão a avançar, os ataques são mais frequentes e a segurança das pessoas já está em risco.

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Pelo movimento na rua pode parecer que é um dia normal, mas a cidade de Pokrovs'ke está a viver dias estranhos. Mesmo a 20 quilómetros da linha da frente, começou a ser pouco seguro viver aqui. Dizem-nos que o normal era os negócios estivessem todos abertos, mas não estão.

É Olena, que trabalha neste cabeleireiro no centro da cidade, que nos explica porquê. O número de clientes caiu para metade nas últimas semanas. Ela própria pensa sair da cidade, mas diz que para já fica e que só arruma as coisas quando tiver mesmo de ser.

"Não sabemos o que vai acontecer a seguir. O mais assustador tem acontecido durante a noite, porque é quando estamos a dormir que há mais ataques."

Em plena rua encontramos Vira, já tinha fugido de Donetsk para aqui em 2014. Os ataques passaram a ser muito mais frequentes porque os avanços das tropas russas estão a acontecer. Já houve ataques com drones no mercado central e a empresas locais.

"Estamos a sentir-nos um pouco perdidos. Ainda não sei para onde ir, ainda não sei. É assustador pensar que temos de ir para longe, mas se ficarmos num sítio perto também não sabemos se a história não se volta a repetir."

Umas horas depois de deixarmos a cidade, as autoridades ucranianas decidiram avançar com a retirada forçada de famílias com filhos em 18 localidades próximas da linha da frente. Na lista está esta cidade, Pokrovs'ke, na região de Dnipro, porque já não é seguro estar aqui.

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