Guerra Rússia-Ucrânia

Trump e Zelensky deverão reunir-se na próxima semana, diz chefe da diplomacia dos EUA

O porta-voz presidencial russo reiterou que "continuam abertos e prontos para o diálogo", bem como "interessados e dispostos a resolver a crise ucraniana por meios políticos e diplomáticos".

O Presidente Donald Trump cumprimenta o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Casa Branca, segunda-feira, 18 de agosto de 2025, em Washington.
O Presidente Donald Trump cumprimenta o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Casa Branca, segunda-feira, 18 de agosto de 2025, em Washington.
Julia Demaree Nikhinson / AP

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse, esta terça-feira, que o Presidente norte-americano, Donald Trump vai provavelmente reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na próxima semana.

Marco Rubio garantiu aos jornalistas em Israel que o líder dos Estados Unidos ainda espera negociar um acordo de paz que envolva o Presidente russo, Vladimir Putin.

Trump teve "várias ligações com Putin, várias reuniões com Zelensky e provavelmente novamente na próxima semana em Nova Iorque", onde se realiza a Assembleia Geral da ONU, disse o secretário de Estado norte-americano.

"A Rússia continua aberta e pronta para o diálogo"

Na segunda-feira, o Governo da Rússia acusou a Ucrânia de "abrandar artificialmente" as conversações de paz e acusou os países europeus de interferência, lamentando a falta de atenção às causas da invasão, iniciada em 2022.

"Do lado de Kiev, o processo está a ser artificialmente abrandado. Ninguém quer abordar a essência do conflito. Os europeus estão a interferir no assunto e não vão prestar atenção às causas subjacentes da crise, abrindo caminho para a discussão de formas de as resolver", argumentou o porta-voz presidencial russo.

Dmitri Peskov reiterou que "a Rússia continua aberta e pronta para o diálogo", bem como "interessada e disposta a resolver a crise ucraniana por meios políticos e diplomáticos".

Peskov insistiu que há uma pausa nas negociações, denunciando que "não há flexibilidade na posição ucraniana e nenhuma disposição por parte do regime de Kiev para realmente iniciar discussões sérias".

"Estas reuniões e qualquer contacto ao mais alto nível devem ser bem preparados para que tal diálogo e os acontecimentos - que devem ocorrer antecipadamente, a nível de peritos - possam ser concretizados", concluiu Peskov.

A Rússia exige a desmilitarização e a rendição da Ucrânia, bem como a cessão das regiões ucranianas cuja anexação reivindicou, embora sem as controlar totalmente.

Por seu lado, Kiev considera estas condições inaceitáveis e exige garantias de segurança dos aliados ocidentais, por recear um novo ataque da Rússia, mesmo que fosse alcançado um acordo de paz.

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