O incêndio que começou, no domingo, em Murça estendeu-se aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços, disse fonte da Proteção Civil. O presidente da Câmara de Murça adiantou que terão sido retirados cerca de 300 populares de várias aldeias do concelho.
O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, adiantou aos jornalistas que, no seu concelho, “ainda há frentes ativas”, prevendo, no entanto, que a “situação está controlada”.
O incêndio começou no domingo à tarde em Cortinhas, no concelho de Murça, e nesse mesmo dia passou para o concelho de Vila Pouca de Aguiar. Esta segunda-feira avançou para Valpaços.
“Os danos são enormes. Vim do posto de comando de Vila Pouca de Aguiar para aqui e vi sempre em área ardida”, referiu.
Mais de 3 mil hectares ardidos
O autarca deslocou-se a Murça, onde está instalado um posto de comando da Proteção Civil. Para participar num briefing com autarcas e as várias forças envolvidas nesta ocorrência.
“Estamos a falar numa área já superior a 3 mil hectares e dentro dessa uma área significativa de povoamento de pinheiro-bravo e de souto”, apontou, referindo-se à área conjunta dos municípios de Vila Pouca de Aguiar e Murça.
Albert Machado espera que durante a noite haja “uma janela de oportunidade”, devido à humidade que está a subir e às temperaturas que estão a descer, de “fazer esse controlo e evitar reacendimentos amanhã”.
Em Vila Pouca de Aguiar, o fogo “evoluiu desfavoravelmente”, durante esta segunda-feira, pondo em risco as aldeias de Granja e Ribeirinha.
Foi ponderada a evacuação de Ribeirinha, o que não chegou a acontecer.
Centenas de pessoas retiradas de aldeias de Murça
O presidente da Câmara de Murça disse, esta segunda-feira, que foram retirados cerca de 300 populares de aldeias como Valongo de Milhais, Ribeirinha, Penabeice, Mascanho, Paredes e Vale de Égua.
Os populares estão a ser transportados para o pavilhão desportivo de Murça e para a residência de estudantes, localizados naquela vila do distrito de Vila Real.