A situação no incêndio de Vila Pouca de Aguiar, em Vila Real, complicou-se esta quinta-feira de manhã e estão, neste momento, várias frentes ativas.
As chamas avançam em direção às aldeias de Cidadelha de Jales e Campo de Jales, segundo o último ponto de situação do município pelas 10:00.
O combate está a ser dificultado pelos difíceis acessos. Duas máquinas de rasto estão no terreno para criar faixas de segurança para conter o incêndio e também para ajudar nas operações.
Mais de 300 operacionais combatem este incêndio apoiados por cerca de 90 viaturas. Dez meios aéreos foram também acionados esta quinta-feira de manhã.
As condições meteorológicas previstas, como o vento e o calor, são encaradas com preocupação, bem como o facto de o combustível estar cada vez mais seco e mais disponível no terreno.
O incêndio começou perto da aldeia de Filhagosa e há 20 anos que o fogo não chegava tão perto desta população. Hélder Morais, morador da aldeia, conta que "ainda ontem de manhã se via tudo verde e agora vê-se tudo preto".
O alerta para o fogo foi dado às 17:14 e em pouco tempo verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal.
Ao final da tarde de quarta-feira o fogo aproximou-se a aldeia de Filhagosa, sem provocar danos, tendo sido combatido pelos operacionais, populares e os meios aéreos.
Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, ainda soutos, vinha e pastos.