Incêndios em Portugal

Incêndios: depois de dias de combate sem tréguas, à força de braços junta-se o poder da natureza

No Norte e no Centro, o poder da Natureza chegou de mansinho sob a forma de aguaceiros. Foi dominado o único incêndio que ainda estava ativo, o de Castro Daire, no distrito de Viseu. Mas no terreno ainda continuam 2.500 operacionais em trabalhos de consolidação, rescaldo e vigilância.

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Esta sexta-feira é dia de luto nacional em memória das sete vitimas dos incêndios. Choveu no Norte e Centro e foi dominado o único incêndio que ainda estava ativo, o de Castro Daire, no distrito de Viseu. No terreno, continuam 2.500 operacionais em trabalhos de consolidação e rescaldo.

Depois de dias de um combate sem tréguas, à força de braços e de máquinas juntou-se o poder da natureza. No Norte e no Centro, chegou de mansinho sob a forma de aguaceiros.

Durante a manhã, foi dominado o único incêndio que continuava ativo, em Castro Daire e que chegou a ter seis frentes. 75% deste município de Viseu foi atingido pelo fogo.

A área ardida vai ser monitorizada através de uma câmara térmica para detetar zonas com maior risco de reacendimento.

Com o céu tingido de chumbo, a chuva não arrefece a revolta. Em Mões, Castro Daire, dias em sobressalto e noites sem dormir alimentam a indignação.

Em poucas horas, passou-se do calor para os aviso de chuva. O fogo destruiu o manto de vegetação e a Proteção Civil alerta para o risco de escorrências ou deslizamento de terras.

Na aldeia de Vilela da Cabugueira, em Vila Pouca de Aguiar, já se fazem limpezas para prevenir inundações.

O pior parece já ter passado, mas em Vila Pouca de Aguiar, onde arderam 10 mil hectares e uma pessoa desalojada, ninguém esquece os momentos de aflição. Foi tudo em todo o lado ao mesmo tempo e a autarquia critica a gestão dos meios no terreno, que chegaram no limite.

“Os meios terrestres e de outras corporações vieram numa situação de extrema urgência, que foi quando estava mesmo junto a habitações. E ainda que pedido novamente que ficassem no terreno foram retirados e ficaram parados na base. Isto é grave”, afirma Ana Rita Dias, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar.

A chuva foi um alívio para os municípios mais fustigados pela vaga de incêndios desta semana.

Os fogos em Penalva do Castelo, Arouca e mais a Norte, em Vila Pouca de Aguiar, entraram em fase de resolução. No terreno, continuam cerca de 2.500 operacionais em trabalhos de consolidação, rescaldo e vigilância.