Os cinco incêndios que assolaram esta semana o concelho de Vila Pouca de Aguiar deixaram um rasto de destruição que afetou 8 mil hectares de floresta e várias propriedades agrícolas, incluindo algumas casas.
As chamas devastaram muita floresta, derreteram estufas agrícolas, destruíram armazéns e várias propriedades.
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Depois das chamas passarem, António Silva ainda não contabilizou os prejuízos, mas nas suas propriedades sabe que perdeu seis hectares de floresta e árvores de fruto, contou à SIC.
"Todos temos prejuízo", lamentou ainda o agricultor, pedido ajuda.
Nas zonas afetadas pelos incêndios, não há agricultor que não tenha propriedades destruídas pelas chamas.
Durante quatro dias, os fogos ameaçaram várias aldeias. Em Zimão, os bombeiros não conseguiram evitar que ardessem algumas casas.
"Parecia um inferno. Aquilo aconteceu em espaço de segundos. Fiquei sem nada, só com a roupa que trazia", recordou Flanquelim Alves.
Flanquelim perdeu tudo e agora encontra-se alojado na casa de uma irmã, aguardando apoio da autarquia e do Estado para reconstruir a sua modesta habitação.
A falta de meios de combate foi apontada como a principal razão para que os incêndios de Vila Pouca de Aguiar se tenham prolongado por quatro dias.
"Sabermos que há cooperações que estão disponíveis para vir para o terreno e depois não terem autorização de quem comada é grave", apontou a presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar.
O fogo, que começou na segunda-feira, só foi dominado na noite de quinta, mas foi a chuva de sexta-feira que finalmente extinguiu as chamas.