Incêndios em Portugal

PJ já deteve 10 suspeitos de fogo posto desde o início de agosto, incluindo um bombeiro de Ourém

Em 11 dias, a Polícia Judiciária deteve 10 homens por crimes de incêndio florestal. São suspeitos de 22 ignições, a maioria com recurso a chama direta.

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Esta segunda-feira, um dia depois do incêndio em Gondomar, um homem de 50 anos foi detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de fogo posto com utilização de um isqueiro. Não é caso único desde o início do mês de agosto, a Judiciária deteve 10 homens suspeitos de 22 ignições. A maioria com recurso a chama direta.

Na quinta-feira, mais três homens foram apanhados. Um deles, um bombeiro da corporação de Ourém com 31 anos, é suspeito de quatro crimes de incêndio florestal no concelho de Ourém nos meses de junho e julho, com a utilização de artefactos retardadores feitos pelo próprio. Atendendo ao padrão, a investigação acredita que possa ser o autor de outros incêndios.

Maioria dos suspeitos utilizou chama direta

Na freguesia de Moreira, no município da Maia, um outro homem, de 48 anos, foi também identificado. Teria usado chama direta e alguns papéis para potenciar o desenvolvimento do incêndio, que teve uma rápida propagação.

Em Cinfães, uma vingança a um vizinho poderá ser a justificação para a utilização de chama direta por um homem de 25 anos num dia de perigo máximo de incêndio.

Logo no primeiro dia do mês, mais um detido: um homem de 57 anos, presumível autor de três crimes de incêndio florestal ocorridos em junho na freguesia de Vila Chã, em Ponte da Barca, Viana do Castelo. Estaria a circular numa mota e as chamas começaram de imediato.

O crime de incêndio florestal é punido com pena de prisão de um a oito anos, podendo ser agravada caso crie perigo para a vida ou bens patrimoniais.