A Meta lançou os seus primeiros óculos inteligentes, os Meta Ray-Ban Display. À primeira vista, podem ser facilmente confundidos com os modelos tradicionais da marca americano-italiana, uma vez que mantêm o design característico. No entanto, estes novos óculos vêm equipados com câmara e microfone integrados que simulam a realidade aumentada.
Durante a conferência anual Meta Connect, o CEO Mark Zuckerberg classificou este lançamento como “um importante avanço científico”. Foram apresentados três novos modelos, desenvolvidos em parceria com as marcas Ray-Ban e Oakley.
Como funcionam os Meta Ray-Ban Display?
Estes óculos contam com um ecrã integrado que funciona com base em sinais enviados pelo cérebro, os quais originam pequenos movimentos musculares. Esses movimentos são detetados pela chamada Meta Neural Band, um acessório incluído no conjunto, usado no pulso como uma pulseira - semelhante a um smartwatch, mas sem ecrã.
Através desta tecnologia, os utilizadores podem realizar ações como enviar mensagens com simples gestos da mão. A banda tem uma autonomia de até 18 horas e é resistente à água.
Os óculos conectam-se ao telemóvel via Bluetooth, seja Android ou iOS, e oferecem funcionalidades como envio de mensagens, videochamadas, legendas em tempo real, traduções, indicações para caminhar, controlo da música e facilidade para tirar e partilhar fotografias.
Apesar de algumas demonstrações técnicas terem revelado falhas no desempenho, o produto deverá chegar às lojas no dia 30 deste mês, com um preço a partir de 799 dólares (cerca de 730 euros).
O lançamento ocorre num momento delicado para a Meta, que tem sido alvo de críticas pela forma como gere a segurança infantil no uso dos seus dispositivos de Inteligência Artificial (IA). A empresa enfrenta diversas denúncias relativas a conteúdos sexuais e racistas gerados pelos seus robôs.