No Parque Eduardo VII, esta quinta-feira, três pessoas confrontaram um jovem com uma bandeira que representa a comunidade transgénero. A organização da Jornada sublinha que o jovem tem todo o direito a desfilar com o símbolo. Madalena Gamboa, voluntária e chefe da equipa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sublinha que a "Igreja é para todos", mensagem que considera ser a mais marcante no discurso do Papa nesta Jornada, na cerimónia de acolhimento.
"O facto de a Igreja ser para todos. Eu acho que é uma afirmação fantástica, que foi dada ontem, marcou muito na cerimónia de acolhimento e depois fazer todos os jovens repetir em coro com o Papa que a Igreja é para todos, mesmo para todos", realça Madalena Gamboa.
"Penso que seja por causa da ideologia e da mente humana que demora a mudar e a adaptar-se às circunstâncias", refere em relação ao episódio relatado com um jovem da comunidade transgénero, e acrescenta: "O mundo está a mudar muito rápido nos últimos anos e é preciso adaptação que eu acho que o Papa Francisco tem lidado muito bem com isso aos poucos".
Madalena Gamboa, que está a participar pela primeira vez numa JMJ, sublinha que a iniciativa está a superar a expectativa que tinha. A jovem voluntária é chefe de equipa e responsável também na área da mobilidade.
"As jornadas têm os veículos próprios para deslocar os peregrinos de mobilidade reduzida até os eventos centrais e, portanto, os que requerem esse serviço, portanto, têm estes voluntários como nós, para ajudar a gerir os veículos que têm, com os peregrinos e os acompanhantes também", explica.
De acordo com Madalena Gamboa, os números iniciais apontavam para 300 pessoas com mobilidade reduzida a recorrer ao serviço dos voluntários da JMJ.