Jornada Mundial da Juventude

Entrevista SIC Notícias

JMJ: milhões gastos, ajustes diretos (ainda) por revelar e as "crises" com Moedas

Sá Fernandes, coordenador do grupo de projetos da Jornada Mundial da Juventude, em entrevista na SIC Notícias sobre os ajustes diretos, os milhões que foram gastos e as “crises” com a Câmara de Lisboa.

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Muito se tem falado sobre o dinheiro que Portugal gastou na Jornada Mundial da Juventude. No entanto, os milhões exatos ainda estão por revelar, mas Sá Fernandes garante que “está dentro do orçamento [e que] não houve derrapagens”.

Para o coordenador do grupo de projetos da JMJ, falar em gastos não é o mais importante neste momento, mas promete que “as contas finais vão ser apresentadas no tempo certo”.

Apesar de não apontar um valor total, Sá Fernandes começa por revelar que cerca de 6,5 milhões de euros foram destinados aos ecrãs, ao som e à luz.

“Foi absolutamente fundamental para ouvir o que o Papa disse e para as pessoas o verem”, explicou.

Já o plano de mobilidade custou cerca de 3 milhões de euros, referindo que foi um custo necessário para que todos pudessem ver Francisco e ir aos vários eventos.

Já outros 3,5 milhões de euros foram investidos num “bom centro de imprensa” para que fosse possível “lançar a voz do Papa e alegria da cidade”. Sá Fernandes diz, ainda, que esta foi a maior transmissão de sempre.

“Nós gastámos, até agora, 17 milhões de euros e o orçamento do meu grupo de projeto é 20 milhões. E desse dinheiro, estou a contabilizar 3,5 milhões de euros que ainda não foram gastos para o futuro Parque Verde que vai acontecer em Loures”, divulgou.

Quanto aos ajustes diretos, reforçou várias vezes que mais importante que os números foi “dizer obrigado ao Papa". Esse sim “foi o melhor ajuste direto”. Mas, na verdade, Sá Fernandes disse não saber quantos ajustes diretos foram feitos. Porém, assegurou que “não chegam a um décimo do dinheiro que o Governo gastou”, porque “as grandes quantias foram gastas com concursos públicos internacionais”.

“Todos os ajustes diretos foram necessários”, acrescentando que “o mais importante aqui é prestar contas”.

Quanto à Câmara de Lisboa, Sá Fernandes não escondeu que “nem tudo correu bem” e que houve “crises”.

“Mas não é tempo para falar delas. É tempo para valorizar aquilo que é mais importante”, voltou a destacar.

O que também é importante mencionar para o coordenador do grupo de projetos da JMJ são os obstáculos superados e agradecer a D. Manuel Clemente, a Costa e a Medina.