Em São Paulo, a manifestação contará com a participação do próprio Lula da Silva, de acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT), que apoia as manifestações.
A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 organizações, encabeça a convocatória, que tem o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder, da CUT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Temos um grande desafio: chegar às ruas em todo o país, no dia 18, na sexta-feira, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão, assinalando que ninguém pode faltar à convocatória.
Lula da Silva está a ser investigado no caso de corrupção na petrolífera estatal Petrobras, tendo sido acusado formalmente de crimes de branqueamento de dinheiro e falsificação de documentos.
O Ministério Público de São Paulo pediu a sua prisão preventiva, pedido que deverá ser analisado por um juiz.
Com a nomeação para ministro da Presidência, o ex-Presidente brasileiro passa a gozar de alguma imunidade jurídica, com as investigações a poderem apenas ser conduzidas pelo Supremo Tribunal.
Um juiz de Brasília determinou hoje, no entanto, a suspensão cautelar da sua nomeação.
Na quarta-feira, depois de a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ter anunciado a nomeação de Lula da Silva como ministro da Presidência, centenas de pessoas contra o Governo saíram novamente às ruas de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, em protesto.
As mobilizações em defesa de Lula pretendem responder aos protestos da oposição do Governo, que, no domingo, segundo a polícia, juntaram 3,6 milhões de pessoas em todo o país, dos quais 1,4 milhões só na Avenida Paulista, em São Paulo.
Lusa