O Presidente da República prometeu que vai falar de direitos humanos no Qatar. Marcelo Rebelo de Sousa justifica a presença no Mundial com a importância da seleção para a projeção internacional do país.
Antes de fazer a mala para o Mundial, Marcelo passou por uma escola para falar de alterações climáticas, mas preocupado com o impacto da viagem ao Qatar no ambiente político.
“Intervenho num debate sobre educação e um dos pontos fundamentais da educação são os direitos humanos e, naturalmente, estarei a falar de direitos humanos no Qatar”, disse.
“A intervenção da seleção é uma forma de projeção do interesse nacional tão forte que o seu capitão é a pessoa mais conhecida do mundo como português. Por isso, as autoridades portuguesas devem lá estar”, defendeu.
Apesar da controvérsia, Marcelo lembra que quando foi atribuído o Mundial ao Qatar, era Presidente Cavaco Silva e o primeiro-ministro José Sócrates, não tendo havido “na altura nem depois qualquer tipo de posição da comunidade internacional”.
Marcelo lembrou ainda que a orientação da diplomacia portuguesa é manter relações mesmo com os estados não democráticos, não vindo daí qualquer legitimação da falta de democracia.