O Mundial de 2010 teve a Shakira e as vuvuzelas. O de 1998 contou com Rick Martin. No Qatar, para além das músicas oficiais, há um som que parece não sair da cabeça dos adeptos: o canto incessante dos "Last Mile Marshals" (comandantes da última milha, na tradução literal), ou por outras palavras, os homens do metro.
Sentados em cadeiras altas por toda a cidade de Doha, estes trabalhadores têm como função orientar os adeptos na direção correta para os transportes públicos.
De acordo com agência Associated Press, a maior parte são migrantes do Quénia e Gana, que responderam a anúncios de emprego em agosto e setembro, antes do início do Mundial 2022.
As suas instruções são para cantarem, entoarem e repetirem. A ação está a fazer as delícias dos adeptos, que aproveitam e juntam-se aos cânticos.
"Em que direção?", perguntam os adeptos. "Nesta direção!", respondem os trabalhadores, apontando com um dedo gigante para o metro.
Marshal Abubakar Abbas, um dos trabalhadores que dá indicações, já é conhecido como "homem do metro".
"Os adeptos estavam a passar sem se envolverem", disse Abbas à Associared Press. "Então tive uma ideia que pudesse envolver os adeptos ao mesmo tempo que era interessante."
O Mundial no Qatar começou no dia 10 de novembro e estende-se até 18 de dezembro. Dentro de campo, as maiores surpresas foram a derrota da Argentina frente à Arábia Saudita e a vitória do Japão contra a Alemanha.