Uma comentadora da BBC no Mundial do Qatar desafiou a decisão da FIFA e utilizou uma braçadeira de apoio à comunidade LGBTQIA+ durante a transmissão da estreia da seleção inglesa na competição.
Alex Scott fez questão de utilizar a braçadeira “One Love” mesmo depois das seleções inglesa e galesa terem decidido não usar o símbolo, na sequência do anúncio da FIFA que quem o fizesse seria castigado.
Mas a comentadora é imune a qualquer punição ou ordem da FIFA, ao contrário das seleções e jogadores, e, por isso, fez-se valer do regulamento para usar a braçadeira durante uma transmissão dentro do estádio.
A tomada de posição é a mais recente por parte da equipa da BBC que cobre o Mundial do Qatar. Antes disso, a BBC decidiu não transmitir a cerimónia de abertura no seu canal principal como forma de criticar o país que recebe a competição.
A decisão polémica da FIFA
No domingo, capitães de várias seleções estavam prontos para utilizar a braçadeira com as palavras “One Love” e as cores do arco-íris em apoio à comunidade LGBTQIA+. Mas no dia em que arrancou o Mundial, a FIFA anunciou que os jogadores poderiam ver cartões amarelos por quebrar as regras de vestuário.
A decisão não está a ser bem aceite e já motivou reações. Uma das vozes mais críticas foi o presidente da Federação Alemã de Futebol, que considerou tratar-se de uma "demonstração de poder".
Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça dispensaram os seus capitães do uso da braçadeira, face à possibilidade de serem penalizados, mas referiram estar "frustrados" com a inflexibilidade demonstrada pela FIFA.