Mundo dos Animais

Oceanário de Lisboa reabre 'casa' dos pinguins quase um ano depois

O novo habitat, que tem de regresso 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca, foi concebido por 136 profissionais de 12 nacionalidades.

Oceanário de Lisboa reabre 'casa' dos pinguins quase um ano depois
Daniel Feldman

Os pinguins-de-magalhães voltam a poder ser vistos no Oceanário de Lisboa, após 10 meses de obras na sua "casa", que se chama agora "oceano do sul".

Segundo informação do Oceanário divulgada esta segunda-feira, o novo habitat, "mais amplo, natural e imersivo" tem os mergulhos dos pinguins mais próximos do público.

O novo habitat, que tem de regresso 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca, recria também as zonas costeiras subantárticas, integrando rochas, cascatas, gelo, estalactites e um espaço para nadar com simulação de ondas de maré.

Há agora mais ninhos, áreas terrestres e aquáticas alargadas, e a partir do piso inferior podem ver-se os mergulhos dos pinguins, lado a lado com tubarões e outros peixes, revela o Oceanário.

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Obras envolveram 136 profissionais de 12 nacionalidades

Em comunicado, explica também que a intervenção na área dos pinguins começou em novembro do ano passado e terminou agora e que foi a primeira grande reconstrução de um dos habitats originais do Oceanário, inaugurado em 1998 para a Expo'98.

Os trabalhos de requalificação envolveram 136 profissionais de 12 nacionalidades e cerca de 50 entidades, foram liderados pelo Oceanário de Lisboa e tiveram como foco principal "elevar o padrão de bem-estar animal e a diversificação ambiental e oferecer ao público uma experiência de visita ainda mais enriquecedora".

No projeto participaram os arquitetos Ginette Castro e Michael Oleksak, antigos membros da equipa de Peter Chermayeff, autor do conceito original do Oceanário.

A cenografia e a decoração artificial ficaram a cargo da JDC Faux Rock Creations, reconhecida internacionalmente pelo trabalho especializado em recriar ambientes naturais com elevado realismo, diz o Oceanário.

No comunicado explica-se a adoção do novo nome do habitat com o facto de desde 2000 a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) reconhecer oficialmente o Oceano do Sul (Southern Ocean) como a quinta bacia oceânica, juntando-se às do Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico.

Recentemente, várias instituições científicas e educativas portuguesas passaram a adotar a tradução direta de "Southern Ocean" como Oceano do Sul, em vez de Antártico, e esta passa também a ser a designação do novo habitat dos pinguins no Oceanário de Lisboa, justifica-se no documento.

Inaugurado em 1998, o Oceanário de Lisboa foi projetado pelo arquiteto Peter Chermayeff e incorpora a ideia do oceano como um sistema único, global e sem fronteiras. Desse conceito surgiu o aquário central do Oceanário, rodeado por quatro habitats marinhos distintos.

O Oceanário de Lisboa é membro da Rede Internacional de Centros para a Sobrevivência das Espécies (IUCN-SSC) e trabalha nas áreas da conservação e da ciência. Tem mais de 8.000 animais marinhos de 500 espécies.